Médicos contratam charlatão para dar plantão

Falso médico recebia dos profissionais para atender pacientes (Foto: Arquivo Infonet)

Em Porto da Folha, a polícia civil investiga dois homens que se passavam por médicos e até compareciam aos plantões na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para atender os pacientes. Em um dos casos já está confirmado o exercício ilegal da profissão, segundo o delegado Alexandre Monteiro, que está à frente das investigações. E em relação ao outro suspeito, a polícia continua realizando diligências para analisar a veracidade da denúncia feita de forma anônima à Delegacia de Polícia Civil.

No primeiro caso, segundo o delegado, ficou constatado que o charlatão era contratado pelos próprios médicos que possuem vínculo com a Prefeitura Municipal de Porto da Folha. Quando não tinham condições de comparecer ao plantão, os médicos contratavam este suposto charlatão e pagavam as remunerações com os próprios recursos para ele assumir os plantões. De acordo com o delegado, o falso profissional se apresentava com o registro emitido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado de Goiás. “Neste caso, já está confirmado que o CRM não pertencia a ele [ao acusado]”, destacou o delegado.

O acusado estaria escalado para o plantão da sexta-feira da semana passada, 2. A denúncia chegou ao delegado na semana passada, dias antes deste plantão, e constatou a ausência do falso profissional na unidade de saúde. “Desde sexta-feira que ele não aparece na cidade”, informou o delegado. O nome do acusado está mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações. Quanto ao segundo denunciado, o delegado informou que a polícia mantém a investigação, está realizando diligência e ouvindo algumas pessoas.

O diretor do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Carlos Spina, informou que o exercício ilegal da profissão é caso de polícia. Ele informou que o Sindicato não tomou conhecimento destas denúncias e que deixará o caso para a polícia investigar. “Falsidade ideológica é um crime previsto no Código Penal, portanto é algo que a polícia tem que investigar”, destacou Spina.

O Portal Infonet tentou ouvir o Conselho Regional de Medicina, mas não obteve êxito. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana

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