Uma nova audiência está marcada para o dia 2 de setembro (Foto: Portal Infonet)

Os cirurgiões de cabeça e pescoço, que pediram demissão junto ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), estiveram em uma audiência pública realizada nesta sexta-feira, 30, para fazer uma contraproposta à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e negociar o retorno às atividades.

Atualmente, cerca de 78 pacientes estão na fila de espera para a realização de cirurgias de cabeça e pescoço, que ficaram comprometidas pelo pedido de demissão dos cinco dos sete médicos existentes, após impasse na negociação salarial.

Durante audiência, os médicos cirurgiões de cabeça e pescoço apresentaram uma proposta à direção da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), onde cogitaram a possibilidade de retornarem ao serviço como contratados, mediante a contraprestação da gratificação de R$ 74 reais da hora trabalhada, sem prejuízo das demais parcelas que compõem a remuneração, por ora, como solução emergencial.

De acordo com a promotora da Saúde, Euza Missano, a realização da audiência se deve à fila de espera dos pacientes que aguardam a realização das cirurgias. “A preocupação do MP é muito grande, porque temos 77 pacientes precisando realizar cirurgias, sendo que tem um quantitativo de paciente que tem a patologia muito grave e não pode aguardar pela cirurgia. Hoje nós avançamos um pouco nessas negociações eesperamos que segunda-feira, 2,  a gente consiga sentar pra finaliza essa composição, restabelecendo a assistência a esses pacientes. Conseguimos formalizar um entendimento na audiência passada e o ambulatório já foi aberto, mas não basta somente abrí-lo e estadiar os pacientes, é preciso que eles recebam o procedimento cirúrgico para poder sobreviver”, afirma à promotora.

A direção da FHS se comprometeu a analisar a viabilidade financeira no sentido de poder oferecer um posicionamento sobre a questão.

Para não deixar que ocorra a desassistência aos pacientes, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no último dia 23 de agosto, onde a Fundação se comprometeu a regularizar o serviço, no prazo de 30 dias, bem como realizar a contratação de um hospital privado para a realização das cirurgias.

Uma nova audiência está marcada para o dia 2 de setembro, às 11h.