Médicos de outros setores passam a atender em unidades

Segundo SMS, médicos se sensibilizaram com a desassistência para população (Foto: Ascom/SMS)

A Secretaria Municipal da Saúde adotou desde a última segunda-feira, 13, uma nova estratégia para minimizar a desassistência à população, provocada pela greve dos médicos que se prolonga desde o mês de janeiro. Profissionais de saúde que trabalham em outros setores da gestão começaram a realizar atendimentos nas unidades para garantir que a população seja assistida.

“Sensibilizados pelo sofrimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais que atuam em áreas de comando da secretaria estão mobilizados e dando atendimento em unidades de saúde, por um período de duas horas por dia”, explicou o secretário da pasta, André Sotero.

Com a medida, amplia-se o atendimento prestado à população pelos médicos RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). “Cada dia, a equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais da gestão vão a uma unidade de saúde e por duas horas atendem os usuários. Esta é mais uma medida adotada pela secretaria para evitar o colapso nos postos de saúde e será mantida enquanto a greve durar”, disse a diretora de Atenção à Saúde, Guadalupe Ferreira, que, juntamente com o secretário André Sotero, verificou pessoalmente a eficácia da iniciativa.   

Segundo André Sotero, o critério utilizado para definir qual a unidade que irá receber a “força-tarefa” é a gravidade da desassistência. “Quanto menor for o número de médicos em atividade, mais o posto de saúde estará no topo da lista do atendimento pelos médicos da gestão”, esclareceu o secretário.

Nesta segunda-feira, foi contemplada uma unidade localizada na Zona Norte da cidade, que possui quatro equipes do Programa Saúde da Família, embora todos os médicos estejam em greve. Ao mesmo tempo em que recebeu médicos da gestão, a unidade foi contemplada com a chegada de um médico RPA.

Médico RPA

Outra medida que já está em vigor é a contratação de médicos RPA para as unidades de saúde. O último levantamento feito na última sexta-feira, 10, dá conta de que seis médicos já começaram a trabalhar, enquanto outros 17 estão em processo de contratação para iniciarem o trabalho imediatamente. O secretário da Saúde informou que mais de 40 profissionais já demonstraram interesse na contratação.

Sindimed

Os médicos de Aracaju decidiram na última sexta, 10, manter a greve na saúde municipal. A paralisação foi iniciada no dia 21 de janeiro e deve seguir pelos próximos dias.  A categoria continua insatisfeita e aguarda proposta da Prefeitura para pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro – já que não aceitam o parcelamento em 12 vezes ou a opção do empréstimo.

Fonte: Ascom/SMS