Momento em que GMA barrava as pessoas na PMA durante o ato dos médicos (Foto: Portal Infonet) |
Os médicos retornam às atividades normais nesta quinta-feira, 9. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no final da manhã desta quarta-feira, 8. Alguns médicos chegaram a defender a continuidade do movimento, mas diante de ordem judicial, que prevê multa de R$ 20 mil diariamente em caso de descumprimento, a categoria decidiu voltar às atividades, conforme explicou o secretário geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Carlos Spina.
Os grevistas realizaram um ato público no início da manhã na sede da Prefeitura de Aracaju, mas foram impedidos de ter acesso à parte interna do Centro Administrativo. Depois do ato, os médicos seguiram para a sede do Sindimed onde ocorreu a assembleia geral. “Foi uma decisão esdrúxula da prefeitura”, considerou médico Carlos Spina, referindo-se à determinação para barrar grevistas, jornalistas e até servidores que se dirigiam ao posto de trabalho na manhã desta quarta-feira, 8.
Na assembleia, os médicos também decidiram que vão contestar a versão apresentada pela prefeitura de Aracaju na ação judicial movida pelo município contra greve. Segundo Spina, na peça judicial, a prefeitura usou “inverdades”. Como “inverdades”, Spina cita a concessão de titulação, reuniões entre representantes do Sindimed e da prefeitura, que não teriam existido, e aumento da gratificação de desempenho, informações que estariam explícitas como argumento da prefeitura para por fim à greve. “Todas estas inverdades serão contestadas pelo nosso departamento jurídico”, comentou Spina. “Esperamos que o desembargador faça análise de todas estas provas que apresentaremos”, destacou.
Prefeitura
No início da noite, a Prefeitura Municipal de Aracaju se pronunciou por meio de nota. Com relação aos salários da categoria, a informação da prefeitura é que os servidores da saúde receberam seus vencimentos no dia 5 de maio, com exceção dos médicos RPA, que receberam no dia 20, “como sempre ocorre para essa categoria a produção de um mês é paga no seguinte, entre os dias 20 e 30”, explicou.
Com relação ao trancamento dos portões da PMA para barrar a entrada dos manifestantes, imprensa e outras pessoas na sede da Prefeitura, a nota informou: “O procedimento de fechamento dos portões adotado pela Guarda Municipal se deu porque os médicos que participavam da manifestação tentavam ocupar a área interna do prédio com o propósito de estender faixas e deliberar sobre as próximas ações através da realização de assembleia. Dessa forma, para coibir essa situação os portões foram fechados por cerca de uma hora e meia até o fim do movimento”.
O restante da nota enviada pela PMA respondeu às acusações da classe médica, que disse que a prefeitura teria usado de ‘inverdades’ para convencer a Justiça considerar a greve ilegal. Confira o trecho final da nota abaixo:
O município tem tão somente a afirmar, que no estado de direito, as decisões judiciais devem ser respeitadas e cumpridas. De forma inequívoca, o Poder Executivo Municipal de Aracaju colheu as informações durante exaustivas reuniões com as secretarias de Governo, Planejamento e Saúde do Município. Órgãos os quais se reputa toda responsabilidade, credibilidade e confiança nas informações passadas.
Em tempo, a PMA também lembra aos cidadãos que o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe nesta ação como em tantas outras, se baseia na cautela e no estudo dos fatos, antes de qualquer decisão tomada. Assim sendo, não tem como a Procuradoria Geral do Município ver de outra forma, se não desrespeitosa, a postura adotada pelo Sindicato, ao não acatar a decisão anunciada pelo TJ-SE.
Por Cássia Santana
A matéria foi atualizada às 19h15 para acréscimo de nota enviada pela Prefeitura
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