Médicos fazem ato em frente ao Huse

O ato aconteceu no HUSE (Fotos: Portal Infonet)

Médicos fizeram um ato na porta do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) nesta terça-feira, 23. De lá, os médicos saíram em passeata até a porta da maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL). As mobilizações fazem parte do calendário de greve estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) em enfrentamento ao Programa Mais Médico e aos vetos da Lei que regulamenta o exercício da medicina.

O ato é pela derrubada da medida provisória 621 do Programa Mais Médico e extensão do curso de medicina; pela criação da carreira médica que já vem sendo discutida desde 2009 e contra a lei do Ato Médico.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto Albuquerque, o ato é para chamar atenção da sociedade para as recentes medidas tomadas pelo Governo Federal. “A medida 621 cria a ditadura da saúde. Ela está obrigando o médico recém-formado a passar dois anos no SUS,  passando uma mentira a sociedade, como se a gente não estudasse no SUS. Somos contrários a ela porque com essa medida provisória, ao invés de gerar uma carreira e criar contrato de trabalho, ele transforma o médico em bolsista de 36 meses. Pelo programa, o médico só pode passar 36 meses e depois disso, a unidade de saúde vai ficar de novo sem médico, por isso que a gente avalia que é uma medida eleitoreira”, acredita.

Médicos reivindicam melhorias

João Augusto diz que médicos vão se sentir desestimulados a continuarem na profissão

Outro ponto reivindicado pelos médicos diz respeito ao veto do Ato Médico. Segundo João Augusto, esse veto vai ser prejudicial não só para os médicos, mas para a sociedade como um todo. “Do jeito que foi colocado pela presidente, o médico não é mais o que prescreve e não é mais o que faz o diagnóstico da doença. Isso até mesmo vai desestimular novos médicos a se formarem porque você vai querer passar oito anos para sair e fazer o que todo mundo faz sem nem sequer necessitar de diploma? Se não existe uma lei que proibi, então todos podem fazer, sejam diplomados ou não”, analisa João Augusto.

Novos Atos

Novas paralisações vão ocorrer nos próximos dias 30 e 31 de julho, com nova assembleia marcada para o último dia do mês de julho, na sede do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), às 8 horas. Já em agosto, está prevista nova paralisação geral do dia 05 de agosto até o dia 10.

Por Aisla Vasconcelos

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