Os médicos que prestam serviços ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) fizeram uma paralisação de alerta nesta segunda-feira, 10, em frente às duas unidades.
A classe vem cobrando a implantação de uma isonomia salarial que abrange uma equiparação dos vencimentos entre médicos que exercem a mesma função e possuem a mesma carga horária.
A greve acontece apenas por 24h, como uma maneira de alertar, mais uma vez, o Governo do Estado diante da insatisfação dos profissionais. Carlos Spina, secretário-geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) relatou que a situação já dura um bom tempo. “A Fundação Hospitalar de Saúde vem pagamento os médicos totalmente díspares nas suas remunerações. Especialistas recomendam que os médicos recebam o mesmo salário, principalmente quanto à hora trabalhada. Queremos que a isonomia seja feita pelo valor da hora ‘top’, ou seja, não queremos que nenhum médico perca dinheiro, e queremos que quem não recebe passe a receber. Enviaram uma proposta incabida, que nos deixou insatisfeito. Na última assembleia, foi feita uma contraproposta, que já foi encaminhada. Queremos chamar atenção dos dirigentes, para que comecem a pensar com um pouco mais delicadeza, bom senso e seriedade”.
A atividade de urgência e emergência não foi interrompida, e outros serviços também foram mantidos. “Não podem parar, de fato. Os pacientes internados vão ser vistos e terão atendimento. Cirurgias de urgência e emergência serão realizadas. No entanto, os ambulatoriais, que são marcados e podem ser remarcados estão suspensos”, disse Spina.
O Huse e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes foram as unidades escolhidas porque, segundo o secretário-geral do Sindimed, é onde há a situação mais “crítica e aberrante” quanto à disparidade salarial.
FHS
O Governo do Estado de Sergipe, por meio da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), informa que o diálogo com o Sindimed sempre esteve aberto e realizou nos últimos meses oito reuniões com a categoria e injustificadamente o Sindimed precipitou uma paralisação.
O Governo se coloca à disposição da categoria para a continuidade das discussões e já tem agendada nova reunião com o Sindimed nesta quarta-feira, 12, para mais uma vez buscar uma saída que não prejudique o atendimento da população que necessita da Saúde do Estado.
Por Victor Siqueira
A matéria foi alterada às 16h56 do dia 10/09 para acréscimo de nota da FHS
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