Rute Andrade (Foto: Ascom SES) |
O centro de oncologia do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) pretende bater a meta de 500 cirurgias em 2012. Em 2007, o centro de oncologia realizou 126 cirurgias. Em 2011, foram 342 e somente no primeiro semestre de 2012, o número saltou para 250, valor superior a metade de procedimentos realizados em 2011.
Para aumentar a meta de cirurgias, o primeiro investimento foi na equipe médica. “Em 2007 tínhamos 23 cirurgiões e hoje são 47. Com a chegada deles, o foco passa a ser no material que precisamos, e assim, através do cumprimento de etapas, temos conseguido melhorar o serviço”, afirmou a coordenadora da oncologia do Huse, Rute Andrade.
Para o cirurgião geral Geraldo Bezerra, a oncologia é uma especialidade em crescimento progressivo que precisa do trabalho integrado entre os especialistas, outro fator que aumenta a qualidade do tratamento. “ Estamos crescendo. É um desafio fazer esse grande número de cirurgias, mas estamos lutando para conseguir também aumentar a complexidade delas”, pontuou.
No hospital, o paciente tem todo apoio. "Aqui é feito o diagnóstico inicial, a biopsia, ressonância, tomografia, exames pré-operatórios, cirurgia, quimioterapia e radioterapia”, explicou o cirurgião torácico, Frederico Mansur.
Entre os avanços, o cirurgião vascular Marcus Vinícius Cardoso ressalta uma mudança positiva. “Antigamente, se a pessoa tivesse um tumor que comprometesse uma artéria ou vaso importante, o tumor seria ressecado e não teria como fazer o tratamento. Hoje, temos a possibilidade de ressecar esse tumor e fazer toda reconstrução da circulação”, garantiu.
Mais recentemente, no dia 29 de junho, a jovem Camila Pereira, de 19 anos, colocou uma endoprótese no joelho após ser diagnosticada com Osteossarcoma, um tumor maligno no osso. “Essa endoprótese substitui todo o osso e a articulação de forma que evita a amputação da perna e mantém suas funções”, explicou o médico ortopedista que realizou a cirurgia, Thiago Nascimento.
Diagnosticada há um ano, Camila fez todo pré-operatório pelo SUS e foi a primeira paciente a realizar esse tipo de procedimento aqui no estado. “Gostei do atendimento e estou me sentindo bem. Foi um alívio não ter precisado sair de Sergipe porque eu pude ter o apoio da minha família. Agora, eu preciso manter a fisioterapia”, finalizou.
Fonte: Ascom SES
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