Os preservativos, tanto masculino quanto feminino, ainda são a forma de prevenção mais eficaz (Fotos: Portal Infonet)
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Cerca de 50% dos jovens brasileiros não utilizam o preservativo nas relações sexuais. É o que afirma o médico e gerente do Programa IST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Almir Santana. Por isso, segundo ele, as instituições estão investindo em outras formas de conscientização para a população, a exemplo do Dezembro Vermelho, realizado este ano.
Com foco na prevenção combinada, que consiste em conscientizar as pessoas para realização do diagnóstico e o tratamento, a campanha em alusão ao Dia Mundial de Combate a Aids, realizado em 1° de dezembro, também alerta para o combate ao preconceito para com os portadores do vírus.
Segundo o médico, o preconceito com estas pessoas apesar de ter diminuído nos últimos anos, ainda se faz presente. “O preconceito diminuiu muito, mas ainda existe, permanece. O Dezembro Vermelho é também para estimular a solidariedade. Quem tiver um amigo com HIV deve apoiá-lo, incentivar a continuar o tratamento”, explica.
Formas de prevenção
Os preservativos, tanto masculino quanto feminino, ainda são a forma de prevenção mais eficaz, segundo o médico, para prevenir o vírus. De acordo com ele, apenas metade dos jovens se previnem desta forma. “As pesquisas mostram que tem muita gente que não quer usar a camisinha. No máximo 50% dos jovens estão usando camisinha. Por esse motivo, a nível nacional e mundial, as instituições estão buscando outras formas de prevenção”, afirma.
Ele ainda alerta aquelas pessoas que sabem da importância da utilização da camisinha nas relações sexuais, mas por opção, preferem não utilizá-la. “A pessoa muitas vezes está informada mas acha que não pega [o vírus], confia no parceiro, acha que sente mais prazer sem camisinha, e isso é um erro. Prazer é um sentimento psicológico, se você se acostumou a usar, você vai sentir prazer com a camisinha”, declara.
Dados
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foram registrados em Sergipe entre o ano de 1987 a 31 de outubro deste ano, 6237 casos de HIV, sendo que destes, quase 1,5 mil vieram a óbito. Os municípios que tiveram maior incidência de casos foram: Aracaju (44,91%), Nossa Senhora do Socorro (9,48%) e Itabaiana (4,56%).
Ainda conforme os dados, a faixa etária mais prevalente foi a de pessoas com idade entre 30 a 39 anos, correspondendo a 34,33% dos casos. Os dados ainda mostram que a categoria de exposição prevalente é de pessoas heterossexuais.
Por Yago de Andrade e Jéssica França
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