Método Canguru é referência no Estado de Sergipe

Ila Santos diz que já vê resultados após o método (Fotos: Aldaci de Souza/ Portal Infonet)

“Atualizar e fortalecer a Unidade de Referência qualificando a assistência ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, diminuindo a mortalidade infantil”. Esse é o objetivo da Oficina de Fortalecimento do Método Canguru em Sergipe que está sendo realizada durante toda esta quinta-feira, dia 5, na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes em Aracaju. O evento é direcionado à 30 profissionais de maternidades da capital e interior e está sendo desenvolvido pelo coordenador da Rede Canguru em Sergipe, Alex Santana.

O método foi implantado em Sergipe há oito anos. As ações são desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar composta por neonatologistas, pediatras, dentre outras especialidades. A prática é composta por três etapas. A primeira se inicia no cuidado prestado ao recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Após a sua evolução clínica, o bebê é encaminhado para enfermaria da Ala Verde, onde o filho fica 'amarrado' ao corpo da mãe na posição vertical. A última etapa acontece de forma ambulatorial, através de consultas especializadas no consultório onde há uma revisão e acompanhamento do bebê.

Com a filha Ana Clara de sete meses enrolada ao seu corpo, a mãe Ilma Santos Ferreira garante que através do método, já é possível ver os resultados. “Ela nasceu com 1kg e 260 gramas e depois desse método eu já vi ela mais forte e também já ganhou peso. Hoje em dia os prematuros são mais espertos do que os normais”, conta.

A oficina aconece na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes

Anualmente cerca de 300 bebês tem suas vidas salvas graças ao método. O método consiste no contato pele a pele da mãe com o recém-nascido, além de incentivar a alimentação com leite materno estimulando o vinculo entre mãe e filho.

Para a superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Carline Rabello, o intuito do método é melhorar a assistência tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. “O canguru é um método de humanização da assistência, você pega bebê extremamente pequeno, coloca junto da mãe 24 horas e com isso esse bebê consegue crescer e se desenvolver muito melhor do que um bebê que fica internado em uma unidade qualquer. Isso também é importante porque a gente sempre está com uma demanda muito maior do que a gente pode ofertar e com isso esses bebês são liberados da UTI mais precocemente em torno de 1 kg e 250 gramas e aí a gente consegue também liberar vaga para os demais recém-nascidos”, diz.

Por Aisla Vasconcelos

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