Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), mantém o painel de monitoramento de monkeypox, ferramenta que auxilia na tomada de decisão da gestão pública. A partir desse painel, gestores realizam semanalmente o acompanhamento da doença na cidade, que há quase quatro meses não registra novos casos. Até o momento, somente quatro casos foram registrados em 2023.
“O último caso positivo de monkeypox registrado em Aracaju foi no dia 14 de janeiro deste ano. O sistema é acessível à população, o que possibilita que todos tenham acesso a informações atualizadas e, consequentemente, tenham noção da real situação epidemiológica da cidade. O painel de monitoramento de monkeypox foi criado pela Sala de Situação, do setor de Inovação e Gestão Estratégica da SMS, e está disponível no site da Prefeitura”, explica o gerente da Sala de Situação da SMS, Maycon Santana.
Painel de monitoramento
A ferramenta é atualizada diariamente pela equipe da Vigilância Epidemiológica por meio do Centro de Informações Estratégicas em Saúde (Cievs) e fica disponível no site institucional da Prefeitura de Aracaju. Por meio do painel, é possível acessar dados como números de casos notificados, casos positivos, negativos, descartados e em monitoramento, suspeitos e confirmados por bairros, faixa etária e sexo.
Dados
Desde o primeiro caso de monkeypox registrado na capital, em setembro de 2022, já foram notificados 211 casos, sendo 43 positivos, 93 negativos, 51 descartados e 24 foram encaminhados para a rede estadual.
Sintomas e transmissão
Os principais sintomas da monkeypox são a febre e a erupção cutânea, no entanto é possível também que a pessoa apresente calafrios e inchaço nas glândulas do corpo, especialmente na região do pescoço. Esses costumam durar, em média, duas ou três semanas, de forma que se indica o isolamento do paciente suspeito neste período, para evitar o contágio de outras pessoas.
A transmissão ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal justamente com as lesões de pele ou com secreções respiratórias de pessoas infectadas, bem como com objetos recentemente contaminados. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de líquidos corporais, como semem e saliva.
Tratamento
Por ainda não existir um medicamento específico para a doença, o tratamento é baseado em sintomáticos, ou seja, aqueles medicamentos que aliviam os sintomas como a coceira, a dor e a febre. Além disto, a higiene das lesões com água e sabão é essencial para não haver a progressão para alguma infecção bacteriana secundária, uma complicação dessas lesões ou um quadro de infecção generalizada bacteriana.
Fluxo de atendimento
Inicialmente, a pessoa com sintomas deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência, ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou, ainda, as unidades hospitalares públicas ou privadas, para serem atendidos. A partir deste atendimento inicial, uma notificação obrigatória pelo estabelecimento de saúde é realizada e, havendo caso suspeito na rede pública lá mesmo fará o exame.
Se a pessoa foi atendida nas Unidades da capital será encaminhada para o Hospital Fernando Franco, onde será realizada a coleta do material, que será enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe [Lacen] para dar seguimento à investigação epidemiológica.
Fonte: AAN
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