Morre mais uma integrante do Grupo Mulheres de Peito

Sarah Núbia iniciou o tratamento contra um câncer no seio, ano passado (Foto: Divulgação Facebook)

O Clima ainda é de muita tristeza e lamentação entre as pacientes com câncer que fazem tratamento no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e no Hospital de Cirurgia em virtude da morte de uma das integrantes do grupo ‘Mulheres de Peito’.

Sarah Núbia Passos fazia tratamento para combater o câncer de seio desde o ano passado e vivia, assim como as demais pacientes, cobrando uma maior assistência, mais equipamentos de radioterapia, mais medicamentos, o Hospital do Câncer [cujas obras se arrastam], enfim, um tratamento continuado. Apesar de lutar com todas as forças contra a doença, Sarah Núbia morreu no último sábado, 5, deixando nas colegas de batalha a indecisão do futuro e a pergunta que não quer calar: Será que serei a próxima?

“Em particular, eu estou muito mais triste. Sarah Núbia iniciou o tratamento igual comigo ano passado. Ela lutou para realizar as sessões de radioterapia antes de fazer a cirurgia, quando conseguiu se submeter à cirurgia, estava até melhor, mas apareceu metástase  e até mesmo uma metástase externa, com tumores no braço e o retorno da doença no mesmo lugar”, lamenta Sheila Galba, integrante do Mulheres de Peito.

Sheila Galba: "O câncer não espera máquinas serem consertadas" (Foto: Arquivo Portal Infonet)

“Sarah lutou junto comigo para um tratamento de radioterapia digno e eficaz, não tivemos. Ela não suportou, o câncer voltou mais agressivo. Eu volto a perguntar: Quantas pessoas perderemos para essa doença? Por não ter um tratamento como deveria ser? O câncer não esperar máquinas serem concertadas, repito, o câncer não perdoa, ele não tolera falhas nesse tratamento! Fiquem sabendo que Eu Tenho Medo Do Futuro!”, enfatiza Sheila Galba acrescentando que amiga que se foi no último sábado, deixou dois filhos, um de 15 anos e um de seis.

Caminhada

As integrantes do Mulheres de Peito farão uma caminhada a partir das 15h saíndo da Praça General Valadão, passando pelo Calçadão da rua João Pessoa, finalizando na Praça Fausto Cardoso. "O objetivo é lembrar o Dia Internacional da Mulher, cobrando um tratamento digno para os pacientes com cãncer nesse Estado. Temos anexo ao Hospital Cirurgia, duas casas prontinhas para o tratamento, mas não estão funcionando, as obras do Hospital do Câncer se arrastam, as máquinas de radioterapia vivem quebrando, faltam medicamentos, enfim, faremos uma caminhada pedindo apoio da sociedade para essa luta", complementa.

Por Aldaci de Souza

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