MP debate falta de obstetra em maternidade

Nilzir Vieira ouve reclamações de classe médica (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

A falta de obstetra para preenchimento da escala de plantão na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes foi alvo de uma audiência pública ocorrida nesta segunda-feira, 15, no Ministério Público Estadual. O promotor Nilzir Vieira, da Promotoria dos Direitos à Saúde, ouviu a reclamação dos profissionais e marcou um novo encontro entre representantes da classe médica e a Secretaria de Estado da Saúde para a próxima semana.

De acordo com informações do promotor, a superlotação e a falta de profissionais para atendimento, associado à equiparação de vantagens conquistadas pelos profissionais neonatal foram os principais pontos debatidos neste primeiro encontro no MPE.

No sábado passado, 13, houve problemas com a falta de obstetra para preenchimento da escala de plantão. Conforme os primeiros relatos feitos ao MPE, o ideal seria a permanência de cinco obstetras por escala e no sábado foi constatada a presença de apenas dois, sendo que, depois da interferência do Conselho Regional de Medicina, chegou o terceiro para a escala de plantão, conforme informou o promotor.

“Os profissionais trouxeram as reivindicações e marcamos uma audiência para a terça-feira da próxima semana”, informou o promotor.

Nota

Em nota enviada ao Portal Infonet, a diretoria operacional da Fundação Hospitalar de Saúde confirmou que no sábado havia apenas dois plantonistas na porta de entrada da maternidade e outros dois médicos estiveram de plantão no setor de internamento, nas alas rosa e azul para dar suporte. Na nota, a FHS garante que à tarde o número aumentou para três médicos de plantão na porta de entrada e para quatro à noite.

A FHS informa ainda que, durante a semana, buscou junto ao corpo clínico  da obstetrícia resolver o desfalque na escala da urgência da manhã do sábado. “Sem nenhum retorno positivo do grupo (nenhuma troca de plantão e nem realização de plantão por hora extra)”, considera a FHS, na nota. “Em caso de emergência, as médicas plantonistas poderiam ter acionado os médicos plantonistas que estavam no setor internamento”, diz a nota.

A FHS informa ainda que "contratar médicos para manter as escalas completas tem sido prioridade”.  A FHS informou que reuniu, nesta segunda-feira 15, os gestores das maternidades para pedir empenho total de todos os profissionais. Na nota, a FHS observa que “grande parte da superlotação é proveniente da demanda espontânea por pacientes de baixa complexidade”.

"Por ser situada em Aracaju – continua a nota – sempre que há fechamento dos plantões das unidades de saúde que oferecem atendimento a gestantes de risco habitual, essa demanda é direcionada de forma espontânea para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, causando essa superlotação”.

Outro fator que causa a superlotação, segundo a FHS, “é a alta procura pela unidade por gestantes de baixo e médio risco, quando a unidade deve atender exclusivamente casos mais graves".

Por Cássia Santana

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