MP entra com ação em favor a usuários do Ipesaúde

Promotora ressalta a importância de melhorar a assistência ao usuário do Ipesaúde (Foto: Portal Infonet)

O Ministério Público do Estado (MP) ajuizará uma Ação Civil Pública (ACP) visando garantir assistência digna aos usuários do Plano de Assistência a Saúde do Estado de Sergipe (Ipesaúde). Atualmente, aqueles que possuem esse plano estão desassistidos de vários serviços, precisando muitas vezes disputar uma vaga no Serviço Único de Saúde (SUS).

“O paciente do Ipesaúde tem dispêndio mensal e se vê obrigado a utilizar o SUS. Ele está pagando por um serviço que não recebe e ainda tira uma vaga do paciente do SUS, que não tem como pagar por um plano”, ressalta a promotora de Justiça, Euza Missano, responsável pela pasta da Saúde.

Durante a audiência, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 8, foi informado a promotoria que o Ipesaúde não possui contrato ou convênio com nenhum hospital privado de alta complexidade para receber pacientes em estado grave. E que a maioria dos casos graves é encaminhada para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

O Ipes informa também que alguns casos de alta complexidade de adultos são encaminhados ao São José ou mesmo para a UTI do Hospital da Polícia Militar (HPM), mas quando se refere a um paciente pediátrico em sua maioria são encaminhados para o Huse. “Adultos com disfunções cardíacas são encaminhados ao Hospital do Coração, quando o caso é neurológico é encaminhado ao Hospital Cirurgia e em caso mais grave, por exemplo com suspeita de AVC é encaminhado ao Huse”, confirma o médico Enaldo Teixeira, diretor clínico do Ipes.

Como sugestão, a Sociedade Sergipana de Pediatria, indica que o Ipesaúde firme contratos com as Clínica Pimpolho e Hapvida, e também com os Hospitais Primavera e São Lucas, que poderiam atender casos de média e alta complexidade. “São algumas opções rápidas, porque o paciente pediátrico grave que necessita de leito de UTI só tem o Huse e normalmente está lotado”, alerta a representante da Sosepe, Glória Tereza.

De acordo com o Ipesaúde, caso a família do paciente pediátrico grave não queira que ele seja atendido pelo hospital público poderá encaminhá-lo a um hospital particular. O mesmo será reembolsado nos moldes dos valores previstos pela Resolução 1116, com a tabela praticada.

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