Pacientes protestam em frente ao Huse (Fotos: Portal Infonet) |
Como prometido, os pacientes oncológicos, que fazem tratamento do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) realizaram a manifestação em protesto à falta de medicamentos. Na oportunidade, a promotora de justiça Euza Missano esteve também no hospital e constatou a falta de medicamentos na farmácia do hospital. A assessoria da Fundação Hospitalar da Saúde garante que falta penas um medicamento.
Segundo a promotora, a visita foi motivada pelo aumento das reclamações de usuários pela falta de medicamento principalmente para os pacientes de leucemia. “Identificamos que há a falta de medicamentos, portanto ficou caracterizado o descumprimento da ordem judicial. Por isso vamos informar as autoridades julgadoras, para que sejam aplicadas as sanções desde as multas até as administrativas em face dos gestores”, garante Euza.
A promotora lamentou também que os pacientes com patologias sérias estejam sofrendo complicações pela falta de medicamentos. Ela lembra ainda, que pela quarta vez apresentará um pedido de solução para o problema, ao poder judiciário. “Já temos uma ação movida desde 2012 que obriga o Estado e a Fundação o fornecimento dos medicamentos ontológicos. Pela quarta vez iremos apresentar ao poder judiciário um pedido de solução desse problema”, diz.
Marcos dos Santos "Câncer não tem cura" |
Pacientes
Participaram do ato pacientes que ainda possui estrutura física e emocional para reivindicar seus direitos. Dentre eles, Marcos dos Santos, que está sem a medicação há mais de três meses. Ele conta que conseguiu mobilizar familiares dos pacientes e os que ainda têm força para protestar. “Isso que está acontecendo neste hospital agride o também o paciente, pois necessitamos do medicamento e não tem. Nós precisamos desta medicação para sobreviver. Câncer não tem cura!”, ressalta.
FHS
De acordo com o assessor de imprensa da Fundação, José Castilho, a manifestação dos pacientes causa estranheza aos gestores do hospital já que o fornecimento da medicação já teria sido regularizado. “Ficamos surpresos com essa mobilização, já havíamos informado para o paciente Marcos dos Santos que essa medicação já havia sido adquirida. Cerca de R$ 200 mil formam investidos para a compra do medicamento, que atenderá a necessidade por 60 dias. Paralelo a isso foi feito um pregão eletrônico ao laboratório e que foi aderido mais de R$ 1 milhão, que vai poder abastecer os usuários da medicação Dasatinibe para os 20 usuários”, diz.
Ainda segundo Castilho, o Dasatinibe é a única medicação que falta para os pacientes oncológicos. “A única medicação que falta na oncologia é o Desatinibe. Ela é de altíssimo custo. Para se ter uma caixa custa R$ 4 mil, portanto, é uma medicação de alto custo, além de não ser facilmente encontrada e são adquiridos em são Paulo”, ressalta.
Por Eliene Andrade
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