Promotora Euza Missano visitou setor buxo maxilo facial do Hospital Cirurgia (Fotos: Portal Infonet) |
O setor buco maxilo facial do Hospital Cirurgia recebeu nesta quarta-feira, 31, a visita da promotora dos direitos da saúde do Ministério Público de Sergipe (MPE), Euza Missano. O objetivo foi avaliar a estrutura do local para que seja ampliada a assistência aos pacientes que necessitam deste tipo de procedimento [especialidade odontológica que trata as doenças da cavidade bucal, face e pescoço].
Para resolver a situação, a promotora Euza Missano fará nesta quinta-feira, 1º, uma reunião com cirurgiões buco maxilo do hospital e com o município de Aracaju. “Atualmente temos uma cota estabelecida pelo município de Aracaju para a realização destes procedimentos cirúrgico. Mas pelo que tomamos conhecimento, temos uma demanda muito maior que a oferta. Então é necessário que o município consiga controlar o fluxo de pacientes para esta unidade, e não deixe que se formem filas de espera”, explica.
Euza Missano reuniu-se com o diretor do setor, José Augusto, e equipe |
De acordo com Euza Missano, a grande preocupação dos profissionais da área é com o risco que os pacientes correm de ficarem sequelados. “Pacientes que sofrem traumas e que precisam fazer cirurgias de urgência não conseguem, pois existe fila ou porque as cotas daquele mês foram utilizadas. São múltiplos procedimentos, inclusive para aqueles com tumores malignos e que não podem esperar”, revela a promotora.
A promotora ainda completa, esclarecendo que o objetivo é pactuar com o município de Aracaju. “Se isso não for possível em audiência, faremos o que fizemos com outras especialidades, a exemplo da neurocirurgia, onde o MPE ajuizou Ação Civil Pública para acabar com a fila, e ao mesmo tempo para o município manter o fluxo e o controle com o tempo de espera para a realização do procedimento", declara.
Euza também afirmou que não é admissível que um paciente com um tumor maligno fique em fila pra aguardar um procedimento cirúrgico. "Já existe uma determinação judicial no processo movido também pelo MPE, na qual todo paciente diagnosticado com câncer deve ser cirurgiado no prazo de até 30 dias", alega.
Equipe
O coordenador do buco maxilor do Hospital Cirurgia, José Augusto, explica que o local é limitado a realizar 20 cirurgias por mês, quando na verdade a capacidade é de 50 cirurgias/mês. “Esta limitação inibe cirurgias com pacientes portadores de câncer que irão fazer radioterapia, mas que dependem de um procedimento cirúrgico prévio facial que só poderá ser realizado em dezembro. Temos capacidade, cirurgião, anestesistas, centro cirúrgico, leitos e não fazemos por causa da cota. São nove cirurgiões e quatro equipes, sendo que cada um só pode fazer duas cirurgias/mês”, lamenta o coordenador.
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