Audiência aconteceu no MPE (Foto: Portal Infonet)

Diante do impasse quanto ao uso de poço artesiano em um condomínio situado na avenida Josino José de Almeida, no conjunto Augusto Franco, a promotoria do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE) vai entrar com uma Ação Civil Pública para impedir que os moradores do condomínio utilizem água de poço.

Durante audiência realizada nesta segunda-feira, 9, foi informado pela engenheira da Deso que o consumo de água de poço pelos moradores dos blocos é prejudicial à saúde pela falta de tratamento da água contaminada originada de poço, podendo causar doenças aos condôminos.

De acordo com a promotora Monica Hardman, essa foi à única alternativa a ser tomada diante do impasse. “Na audiência, alguns moradores concordaram com a colocação da rede da deso, mas outros não. Como não houve um consenso, embora eles tenham entendido da necessidade de que não podem utilizar água de poço, vamos ter que entrar com ação", afirma.

Ainda foi informado na audiência que a depender das instalações, a utilização de água de poço pode contaminar a rede de distribuição de água havendo risco para a população da região. As representantes do bloco C informaram que ainda não pediram a ligação de água junto à Deso porque não existe consenso entre oito moradores quanto à implantação da rede e ninguém quer se responsabilizar pela conta coletiva.

Presente na audiência, a moradora Rosangela Ribeiro inquilina do bloco C, diz que entende a decisão. “Quando eu me mudei para o prédio, não sabia que lá tinha água de poço porque se soubesse que tinha, não teria comprado o imóvel. O MP vai pedir que o poço seja lacrado para ver se resolve o problema”, afirma.