Promotor conduz audiência pública (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
A intervenção do Poder Judiciário na questão não conseguiu solucionar os problemas detectados nas Unidades de Terapia Intensa (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Na manhã desta segunda-feira, 14, o Ministério Público Estadual realizou audiência pública para discutir novamente a questão com participação de representantes das entidades médicas e da Secretaria de Estado da Saúde, da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS) e do próprio Huse.
Ao final da audiência, o promotor Fábio Viegas opinou pela necessidade de se realizar nova vistoria técnica no Huse para observar os avanços a partir das medidas administrativas que estão sendo adotadas pela diretoria do hospital. No termo de audiência, o promotor estabeleceu prazo de 15 dias para que os representantes das entidades médicas apresentem novo relatório de inspeção ao MPE.
Na audiência, a representante do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Aline Figueiredo, informou que na última tentativa de se realizar vistoria técnica, as entidades médicas foram impedidas, pelo segurança da unidade, de entrar no hospital. “Estão tentando resetar todo o sistema para começar tudo de novo”, observou Aline Figueiredo, durante a audiência. “Não temos mais informações sobre a atual situação porque fomos impedidos de realizar a vistoria”, comentou.
Spina faz relato preocupante: equipamento quebrado e falta de medicamento |
Os representantes das entidades médicas reconheceram que os problemas permanecem, informando ao promotor Fábio Viegas a escassez constante de equipamentos e de medicamentos. O médico Luiz Carlos Spina, representante do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), considerou como recorrentes os problemas e observou que a o fato de existir equipamentos quebrados e falta constante de medicamentos naquela unidade têm colocado em risco a vida dos pacientes. “É uma situação complexa. Ou você atua ou então dali a 15 minutos não tem mais o que fazer”, observou. “Pacientes que podiam se manter vivos podem vir a óbito”, complementou.
A assessora jurídica do Huse, Zulívia Menezes, rebateu a opinião expressada pelo médico Luiz Spina e considerou como pontuais os problemas existentes na unidade. “São questões pontuais. Há questões que estão sendo solucionadas e outras que demandam tempo, mas tudo está em andamento, conforme as ações judiciais que tramitam desde março”, considerou.
O promotor Fábio Viegas informou que a audiência pública realizada nesta segunda-feira, 14, se traduz em procedimento para dar celeridade ao cumprimento das decisões judiciais para solucionar os problemas existentes no hospital. “É necessário a vistoria no Huse para verificar como está a situação”, observou. “Alguns pontos já melhoraram com a perspectiva de contratação de profissionais, mas há ainda tantas outras coisas que ainda perduram, mas queremos criar um fluxo para solucioná-las”, considerou o promotor.
Por Cássia Santana
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