Mulheres têm quatro vezes mais chances de ter acne na fase adulta

Acne na fase adulta é mais comum nas mulheres (Foto: Pixabay)

Mais de 16 milhões de pessoas adultas sofrem com acnes na fase adulta. Estudo realizado em fevereiro deste ano pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que a partir dos 25 anos mulheres têm quatro vezes mais chances de ter acne do que homens. Vários são os fatores que podem desencadear o processo inflamatório, de acordo com os especialistas o tratamento é individualizado e deve ser iniciado assim que as acnes aparecem.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem por conta de um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. A acne é muito comum na adolescência, mas tem acometido cada vez mais adultos, em especial, nas mulheres.

A dermatologista Alessandra Guessi indica o tratamento precoce (Foto: Portal Infonet)

A dermatologista Alessandra Guessi explica que a diferença entre a acne na adolescência a e na fase adulta são os locais que a inflamação ocorre. Geralmente nos mais jovens ela surge na região da testa e bochechas, conhecidas como zona T. Já nos adultos, a acne surge mais nas mandíbulas.

“A gente percebeu que de uma forma geral a acne está aparecendo mais em adultos que antes. Nós mulheres temos essa peculiaridade, essa predisposição porque entra a parte hormonal, o uso inadequado de produtos de beleza que se usado de forma errado vai dar acne, é muito comum ver isso, além do uso de suplemento para academia, uso de polivitamínicos com vitamina B12, o estresse e a questão genética. Tudo isso aumenta a acne no adulto, e principalmente na mulher”, aponta.

A acne pode acontecer a qualquer momento da vida adulta. Na mulher geralmente acontece antes da menor pausa por conta da parte hormonal. A dermatologista conta que a acne tem aumentado muito em mulheres que usam o DIU de Mirena e os chips de testosterona, que servem para impedir a menstruação.

Tratamento

A dermatologista orienta as pessoas acometidas por acnes que procurem o quanto antes um profissional para tratar as lesões. “Não é um tratamento único, temos que individualizar o tratamento identificando o fator de piora essa acne e suspender esse fator, e a partir daí iniciar o tratamento. Começamos pelo tratamento tópico, temos vários medicamentos, mas vamos observar o que mais de encaixa com cada caso. Nessa fase entra o sabonete específico e o uso do filtro solar. Depois vamos vendo a necessidade de tratamento oral com antibióticos, e nas mulheres as vezes o uso do anticoncepcional é necessário. Em alguns casos também é preciso fazer o tratamento hormonal. O quanto antes tratar, melhor serão os resultados”, garante.

Para evitar o aumento ou surgimento da acne, as pessoas que têm predisposição devem utilizar produtos específicos para o rosto e que sejam livre de óleos. “ Mesmo os produtos sem óleos podem ser pesados para determinado tipo de pele, então o ideal é que a pessoa não se automedique na parte de produtos antienvelhecimento, que muitas vezes não melhora, pelo contrário, até piora com o surgimento da acne. No consultório aumentou muito a procura por efeitos colaterais de produtos de outras terapias”, afirma.

Outra orientação da especialista é não mexer na acne e proteger as áreas lesionadas do sol. “O processo inflamatório já deixa mancha independente mexer ou não, mas cutucar ou espremer a acne, assim como exposição solar, podem deixar essa mancha ainda pior, se tornando mais difícil eliminar”, aconselha.

Feito o tratamento tópico, alguns tratamentos estéticos ajudam a minimizar os efeitos das acnes na pele. A dermatologista explica que existem tratamentos distintas para a mancha, para a cicatriz e para a acne ativa. “Temos tratamentos conservadores com cremes, géis, procedimentos de peeling, laser, microagulhamento. O que tem que ser observado é que nem tudo é mancha, pode ser cicatriz também, então temos que individualizar o tratamento, mas lembro que tratamento precoce é imprescindível para ter uma pele melhor”, ressalta Alessandra.

Por Karla Pinheiro

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