N.Srª Lourdes: Triagem ainda não afetou a Santa Isabel

Movimento continua normal na Maternidade Santa Isabel (Fotos: Portal Infonet)

A maternidade Santa Isabel, localizada em Aracaju, ainda não sentiu os efeitos da decisão da Secretária de Estado da Saúde (SES), em atender aos reclames da classe médica e determinar que a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) volte a atender apenas os casos de Alto Risco. O Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) está preocupado com a falta de redirecionamento das gestantes.

Na manhã desta segunda-feira, 12, o atendimento estava normal, assim como nos últimos dias. “Ainda não mudou nada. Continuamos atendendo parturientes de baixo, médio e alto risco normalmente. Elas passam por uma avaliação médica e só são orientadas a retornar para casa, se o quadro ainda não estiver evoluindo para o nascimento dos bebês. A movimentação por enquanto está normal, mesmo após a determinação para o atendimento na Nossa Senhora de Lourdes informa a assessoria de Comunicação.

Parentes de gestantes aguardavam nascimento de bebês esta manhã

Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, a movimentação na manhã desta segunda-feira, também foi bem tranqüila. Apenas parentes das pacientes aguardavam do lado de fora. Jane Andrade aguardava para visitar a filha que veio de Itabaiana no último domingo, 11 e já tinha dado a luz.

“A gravidez da minha filha era de alto risco por conta da pressão muito alta. Ela fez o pré-natal lá em Itabaiana e ontem a levamos para a maternidade, só que não tinha obstetra e nos mandaram para Aracaju. Chegando aqui na Nossa Senhora de Lourdes, disseram que só tinha uma médica que não estava confiante em fazer o parto sozinha por conta do problema da minha filha, que podia ter eclampsia. Mandaram a gente ir para a Santa Helena, só que no hospital de Itabaiana não deram a guia. Voltamos pra cá e disseram pra gente ira para Socorro, só que graças a Deus, ela deu as dores e meu neto nasceu de parto normal. O atendimento aqui é bom, mas se não tem capacidade para todo mundo, devia dar condições nas outras maternidades”, enfatiza a dona de casa, Jane Andrade.

Sindimed

Na N. Srª de Lourdes movimentação também foi pequena nesta segunda-feira

O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, João Augusto Oliveira, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes sempre foi de alto risco, mas precisou chegar ao ponto de os médicos registrarem Boletins de Ocorrência na delegacia para a Secretaria de Estado da Saúde tomar essa decisão.

“Precisou que os médicos obstetras chegassem a esse nível de conflito, registrando B.O.s para a secretaria tomar para si essa decisão, que já vinha sendo organizada pelos profissionais. A gente defende que a Nossa Senhora de Lourdes continue atendendo os casos de alto risco, mas que não feche as portas. Ou seja, as parturientes ao chegarem à unidade devem ser esclarecidas que ali só recebem casos de alto risco, mas que elas serão direcionadas para a Maternidade Santa Isabel ou para outra. O que não pode é não atender e não direcionar as pacientes. A nossa preocupação é para onde vão essas gestantes. Elas vão ficar sem atendimento até se tornarem de alto risco?”, entende João Augusto.

Jane trouxe a filha para a N. Srª Lourdes porque não tinha médico em Itabaiana

Indagado pela reportagem do Portal Infonet se a solução seria a construção de mais maternidades em Sergipe, o presidente do Sindimed foi enfático.

“A gente precisa de mais maternidades sim, mas com condições de funcionamento, em que os obstetras se sintam atraídos. O que nós defendemos mesmo é que o Governo coloque as poucas maternidades existentes para funcionar e não feche a exemplo do que fez com a Maternidade Hildete Falcão. Será que é necessário abrir uma nova se as atuais não têm as escalas de obstetras preenchidas”.

Medida

Recentemente o diretor da Fundação Hospitalar de Saúde explicou que a medida tem por finalidade diminuir o problema da superlotação. Segundo ele, deve ser feita a regulamentação das pacientes com autorização médica por escrito, além da ligação de médico para médico entre as unidades.  “Só darão entrada na MNSL os casos que são realmente de alto risco, via regulação médica. Acredito que desta forma, diminuiremos consideravelmente a superlotação da MNSL”, disse.

João Augusto, presidente do Sindimed

A Secretaria de Estado da Saúde informou que “nos primeiros seis meses de 2013, foram registrados mais 7 mil atendimentos realizados na MNSL, desses, em média 50% são classificados como de baixo risco, o que sobrecarrega a unidade”.

Por Aldaci de Souza

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