(Foto: Ascom SES) |
Durante a reunião do Colegiado Interfederativo Estadual (CIE) na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) apresentou a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do Homem e o material da campanha “Novembro Azul”. As ações têm como objetivo a prevenção de doenças relacionadas à saúde da população masculina. Esse movimento teve origem em 2003, na Austrália, para que diversas instituições de todo o mundo organizassem diferentes estratégias de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Sergipe em 2015, assim como o Rio Grande do Sul, se destacou por alterar a pauta e as abordagens do Novembro Azul, passando a utilizar o período para a discussão sobre a Saúde Integral do Homem e não mais focado no combate ao Câncer de Próstata, apenas.
Segundo indicadores de mortalidade do sexo masculino, baseado no Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM), em Sergipe, as principais causas de morte do homem sergipano, na faixa etária dos 20 aos 59 anos, são: em primeiro lugar, as causas externas (homicídios e acidentes de moto); em segundo lugar, as doenças do aparelho circulatório (infarto agudo do miocárdio, doenças cerebrovasculares, Acidente Vascular Cerebral (AVC)) e doenças hipertensivas, provenientes da pressão alta não controlada, seguida do câncer de próstata.
Causas de óbitos por Estado
Em 2014, constatou-se que a região de saúde que apresentou a taxa mais elevada de mortes por acidentes de trânsito foi a de Nossa Senhora da Glória, seguida da região de Própria. Quanto às taxas de homicídios, a região de Itabaiana lidera o ranking com taxa igual a 205,80/100 mil habitantes, seguida da região de Nossa Senhora do Socorro com taxa de homicídios de 178,58/100 mil habitantes, do sexo masculino na faixa de 20 a 59 anos.
“Os cânceres, ou neoplasias, ocupam o terceiro lugar em causa de morte no nosso Estado, segundo o Ministério da Saúde. Em 2014, na faixa etária dos 20 aos 59 anos, tivemos em Sergipe 22 mortes por câncer de pulmão, 19 por câncer de estômago, 17 por câncer de fígado, 17 por câncer de esôfago, 15 por câncer de laringe, 09 por câncer de cólon, 08 por leucemias e 07 por câncer de próstata”, destacou João Lima Júnior, secretário Executivo do CIE.
De acordo com a diretora de Atenção Integral à Saúde da SES, Rosely Mota Rocha, o Novembro Azul tem como foco a importância da prevenção e da promoção em saúde. Segundo ela, as doenças prevalentes que levam à mortalidade da população masculina são evitáveis através de hábitos saudáveis ao longo da vida e a constante prevenção.
“Boa alimentação, exercícios físicos, visita regular ao médico, são sempre recomendáveis. Na maioria das vezes, o homem não se preocupa muito em se cuidar. É comum só irem ao médico depois de se sentir mal. Eles não têm o hábito de fazer exames regularmente, diferente das mulheres. Por isso, no mês de novembro intensificamos, junto com os municípios, a estimulação dos homens a realizar a prevenção de doenças”, relata Rosely.
“Todo o trabalho deve ser estruturado de forma permanente e os municípios precisam reforçar, junto às Equipes de Saúde da Família, abordagens interdisciplinares no sentido de colocar na pauta do dia, temas como: acesso e acolhimento, prevenção de violências e acidentes, saúde sexual e reprodutiva, paternidade e cuidado, saúde mental, principais doenças que acometem essa população, estímulo a hábitos saudáveis de vida, entre outras”, reforçou a coordenadora Estadual da Atenção Básica da SES, Áurea Oliveira.
Não ao rastreamento
Campanhas anteriores ao Novembro Azul visavam esclarecer sobre a necessidade de realizar o rastreamento para o câncer de próstata. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, existem muitas controvérsias sobre a realização do rastreamento com dosagem do PSA e o toque retal, atualmente caminhando para um desfecho de contraindicar essa abordagem em Políticas Públicas.
“Estudos anteriores mostraram que havia uma pequena sobrevida absoluta nos pacientes diagnosticados com câncer de próstata por rastreamento. Mas, estudos recentes, com metodologia melhor conduzida, mostram que não há benefício com o rastreamento porque, além de não apresentar melhora de sobrevida, levam a um grande número de biópsias desnecessárias e produzem pior qualidade de vida com tratamentos agressivos, complicados com disfunção erétil, incontinência urinária e problemas intestinais”, explicou o médico do Centro de Oncologia do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), Carlos Anselmo Lima, especialista em Cancerologia e chefe do setor de Gestão do Ensino da Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário (HU).
Fonte: Ascom SES
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