Oito cidades não atingem meta de vacinação contra pólio e sarampo

Oito cidades não atingem meta de vacinação contra pólio e sarampo (Foto: SES)

Apenas oito dos 75 municípios sergipanos não atingiram a meta de vacinação do público infantil contra sarampo e poliomielite. Quem mora em Aracaju, Capela, Laranjeiras, Nossa Senhora das Dores, Gararu, Tomar do Geru, Propriá e Cedro de São João ainda pode levar seus filhos de zero até cinco anos em postos de saúde para fazer a imunização.

A campanha nacional terminou oficialmente no último dia 31 de agosto, mas visando ampliar a cobertura, foi estendida até o dia 1º. A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Mércia Feitosa, explicou que a campanha acontece todo mês de agosto, mas as vacinas continuam disponíveis ao longo do ano. “Agora, a vacinação é feita de acordo com a rotina da criança, que vai tendo continuidade. Mês a mês elas têm o período de se vacinar. Nesse movimento da campanha, há diversas estratégias, outras maneiras de atendimento. Queremos que isso continue. A cada mês, ela retorna para tomar vacina específica”.

Apesar disso, o Estado de Sergipe, como um todo, conseguiu cumprir o objetivo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que era de atingir 95% do público-alvo. Aqui, foram aplicadas 128 mil doses, correspondente a 96,49% das crianças na idade estabelecida.

Os municípios que deixaram de cumprir a meta não apresentaram razões específicas, e já traçam estratégias para conseguir imunizar quem falta. “Não é só a questão da meta, mas temos que entender que há crianças desprotegidas. Temos que vacinar, nem que seja indo até onde as crianças estão, nem que seja a domicílio. É resgatar mesmo, não ter limites de atendimento e estender. São as nossas orientações. Queremos que as taxas de vacinação continuem altas no dia-a-dia”, frisou Mércia.

A preocupação acontece em virtude do retorno do sarampo, doença altamente infectocontagiosa que já teve casos registrados aqui no Brasil, e da iminência de retorno da poliomielite.  “Quando temos baixas coberturas vacinais, deixamos a população vulnerável, suscetível a reproduzir a doença. Sem estar protegida através da imunização, a pessoa tem acesso e pode adoecer outra parte da população. Mesmo que o vírus consiga circular, se estiverem vacinados, estarão imunes”, alertou a diretora.

Por Victor Siqueira

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