ONU: depressão atinge 11,5 milhões de brasileiros

A cada ano, os baixos níveis de informação levam a uma perda econômica global (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015. É o que aponta um novo relatório global divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada. No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população).

O relatório “Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais de saúde” aponta que 322 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com este transtorno mental, a maioria mulheres. A cada ano, os baixos níveis de informação e a falta de acesso a tratamentos para depressão e ansiedade levam a uma perda econômica global estimada em mais de um trilhão de dólares. O estigma associado a esses transtornos mentais também permanece elevado.

Principais fatos

• A depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, mais de 320 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno
• Depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui muito para a carga global de doenças
• Mulheres são mais afetadas pela depressão do que homens
• A depressão pode levar ao suicídio
• Existem tratamentos eficazes para depressão

Visão geral

A depressão é uma doença comum em todo o mundo. Ela é diferente das flutuações regulares de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde. Ela pode levar a um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar e pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

Fatores que contribuem e prevenção

A depressão resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si. Há relação entre a depressão e a saúde física; por exemplo, doenças cardiovasculares podem levar à depressão e vice e versa.

Está demonstrado que os programas de prevenção reduzem a incidência da depressão. Entre as estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição estão os programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes. Intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados dos filhos. Os programas de exercício para pessoas idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão.

Diagnóstico e tratamento

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer um outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.

Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela.

Fonte: ONU

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