Outubro Rosa: SES alerta sobre a prevenção do câncer de mama

Enfermeira do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), Clarissa Franco (Foto: Flávia Pacheco)

Neste Outubro Rosa, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ressalta a importância da realização dos exames que podem detectar o câncer de mama. A prevenção ainda é o melhor caminho na luta contra a doença. No Brasil, 29,5% dos novos casos diagnosticados são de câncer de mama que é o segundo mais comum entre as mulheres, conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para 2018, com 59.700 novos casos da doença. Em Sergipe, até o momento, o Inca registrou 550 casos novos.

É muito importante que as mulheres fiquem atentas à saúde das mamas realizando regularmente o autoexame, consultando especialistas como ginecologista e mastologista e mantendo em dias seus exames de rotina. Quando a descoberta ocorre na fase inicial, há mais chances de tratamento e cura.

Antigamente era comum que as mulheres apresentassem os sintomas do câncer de mama a partir dos 50 anos. Com o passar dos anos vem aumentando muito a quantidade de casos na faixa etária inferior aos 50 anos e agora já são vários abaixo dos 40. “Cada vez mais as mulheres vêm buscando o serviço com algum tipo de alteração e o que vem mudando, também, é o perfil dessas mulheres”, informa a enfermeira do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), Clarissa Franco, administrado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Em 2017, foram registrados no Caism 91 casos de câncer de mama. Em 2018, já são em média 70 casos confirmados. “O câncer está acometendo vários tipos de faixa etária e as unidades básicas devem rastrear essas mulheres que não têm sintomas para que a gente consiga diagnosticar o câncer ainda em fase inicial, que é o objetivo do rastreamento. Geralmente, a gente descobre a paciente já com sintoma, quando o estágio da doença já é mais elevado então o perfil de adoecimento vai ser maior e a mortalidade e mutilação da mama também”, reforça Clarissa.

Os estudos e as pesquisas de hoje estão associando esse novo quadro ao estilo de vida e alteração genética das mulheres como, por exemplo, alimentação industrializada, stress, a correria do dia a dia e a falta de atividade física.

“No Caism, a gente faz esse diagnóstico desde a regulação da mamografia da paciente. O médico da unidade básica de saúde solicita essa mamografia, ela vem fazer aqui e quando o resultado sai e apresenta algum tipo de alteração suspeita para o diagnóstico então eu já faço esse papel de triar a paciente, trazendo para o serviço. Ela não volta para a unidade básica sem nenhuma resolução, ela vai passar pela mastologia, vai fazer ultrassom mamária e se o médico achar necessário vai solicitar uma biópsia ou pulsão de mama. O diagnóstico ela recebe aqui, acompanhada pela nossa equipe. Com o diagnóstico em mãos a gente faz a transferência dela para tratamento, que é na Oncologia do Hospital de Urgência (HUSE)” explica a enfermeira.

A paciente Cícera Maria de Moura conta sua experiência. “Quando a gente recebe um diagnóstico do médico é um choque muito grande que a gente tem. Se a pessoa não tiver apoio não consegue chegar lá. Tive muito apoio da psicóloga, dos médicos que tratam a gente muito bem porque é isso que a gente merece, não é? Ser bem tratada. É um tratamento muito difícil, quando o cabelo cai, chorei muito. Agora estou só fazendo o acompanhamento médico, de seis em seis meses. E estou seguindo a vida agora, de boa. Fiz a biópsia aqui e fui atendida muito bem, graças a Deus, os exames que precisei fazer, tudo certinho, chega na data certa, bom, muito bom, só tenho que agradecer”, conclui.

Fonte: SES

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais