Paciente registra BO e acusa médico de violência obstétrica

Paciente do Hospital Zé Franco denunciou médico por violência obstétrica (Foto: arquivo Portal Infonet)

O médico acusado de violência obstétrica no Hospital Regional José Franco, em Nossa Senhora do Socorro, foi afastado das funções pela Fundação Hospitalar de Saúde. Um boletim de ocorrência foi registrado nesta segunda-feira, 19, por uma mulher de 29 anos, que é moradora do conjunto Fernando Collor.

De acordo com a advogada Fernanda de Barros, a mulher chegou à unidade hospitalar no último dia 14, mas o parto ocorreu na madrugada do dia 15. A paciente relatou à advogada que foi puxada pelo braço e levada nua da sala de pré-parto à sala de parto. Neste local, conforme a paciente, o médico retirou o bebê de maneira brusca com as próprias mãos, saiu e somente retornou momentos depois para fazer a retirada da placenta.

Ainda de acordo com relatos da paciente para a sua advogada, o sofrimento continuou durante a costura dos pontos, pois o médico teria iniciado o procedimento antes do efeito da anestesia. A paciente denunciou que sentiu a costura de 15 pontos e que logo depois desmaiou.

A advogada informou que em virtude do tratamento que recebeu, a mulher não consegue ficar de pé e andar sozinha. Ela também não consegue sentar e somente pode amamentar deitada. Para segurar o seu bebê, ela também precisa de auxílio de outras pessoas.

A paciente registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis em Nossa Senhora do Socorro. A defesa, que é formada pelos advogados Fernanda de Barros, Ângelo Santos e Jéssica Luana Lima, afirmou que acionou a superintendência do hospital e que denunciou o caso à Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE.

SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está tomando todas as providências sobre o caso ocorrido na Maternidade de Nossa Senhora do Socorro. A direção geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) já recebeu o relatório do fato e abriu processo administrativo disciplinar. Também já foi solicitada a suspensão das atividades do médico por 30 dias até que o inquérito seja concluído.

 

por Verlane Estácio 

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