Paciente submetido ao primeiro transplante de pele recebe alta médica

Toda a unidade se mobilizou diante da situação do paciente que chegou à UTQ entre a vida e a morte (Foto: SES)

Foram 114 dias de internação hospitalar e uma alta médica com êxito. Esse foi o período que o paciente levou para se recuperar de uma queimadura de 3º grau em 40% do corpo e precisou se submeter a um transplante de pele, o primeiro a ser realizado no Estado de Sergipe. O procedimento aconteceu no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que é gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O paciente ficou internado na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do hospital e recebeu alta para casa na manhã desta quarta-feira, 21.

Toda a unidade se mobilizou diante da situação do paciente que chegou à UTQ entre a vida e a morte. O coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do HUSE, Dr. Bruno Cintra, foi quem realizou o transplante com autorização provisória do Ministério da Saúde (MS) e parceria com o Banco de Pele de São Paulo que ofereceu 1050 centímetros quadrados de pele em lâminas. O transplante foi temporário, a pele cadáver ficou no paciente em torno de 15 a 20 dias que é o tempo necessário para sair da fase crítica e poder ser tratado de forma mais tranquila.

A diarista clínica da UTQ do Huse, Eloísa Lázaro, lembra de todo esse período de cuidado e torcida para a plena recuperação do paciente. “Ele tinha alto risco de morte. Por se tratar de uma área grande, a gente teve que tirar a pele dele, expandir com um equipamento específico para ampliar em três vezes mais a superfície da pele para cobrir a própria pele do paciente. Foram feitas sucessivas enxertias e a gente conseguiu cobrir os braços e boa parte do dorso dele”, explicou a médica.

No decorrer da internação o paciente evoluiu com infecções que foram tratadas e que segundo a médica, foi um jovem colaborativo com o tratamento. “Ele é um paciente bom e colaborativo e agora chegou a esse sucesso que é receber alta bem e com o mínimo de sequelas e vai voltar para os acompanhamentos ambulatoriais. Manter a fisioterapia, recuperar a força muscular e outras que sejam necessárias. Mas uma grande vitória”, afirmou Eloísa Lázaro.

A mãe do paciente não escondia a felicidade de poder levar o filho de volta para casa bem e recuperado. “Estou muito emocionada, quem viu meu filho quando entrou aqui, não acreditava que ele sairia bem, caminhando e falando. Foi um tratamento maravilhoso e uma equipe muito responsável e cuidadosa. Obrigada a todos”, agradeceu.

Fonte: SES

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