Pacientes estão sendo vítima de golpe no Huse

Quadrilha tem acesso a fichas de pacientes internados (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A polícia civil já deu os primeiros passos para investigar a articulação de uma quadrilha que estaria assediando familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) com a promessa de, em troca de dinheiro, possibilitar celeridade ou tratamento diferenciado ao paciente.

O golpe estaria também vinculado ao acesso ilegal aos recursos do DPVAT, o seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres pago anualmente com a parcela do Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

De acordo com informações do diretor clínico do Huse, Marcos Kröger, na semana passada a Ouvidoria daquela unidade de saúde recebeu pelo menos três reclamações de famílias vítimas do golpe. As informações colhidas pela Ouvidoria, segundo Kröger, foram encaminhadas oficialmente para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). “Isso é fraude e deve ser investigado com rigor”, assegura o diretor clínico.

O diretor clínico não acredita em possível envolvimento de servidores neste golpe. Mas ele não sabe explicar como os golpistas tiveram acesso aos dados dos pacientes internados e dos respectivos contatos dos familiares. “Mas se for detectado algum servidor, será punido exemplarmente na forma da lei”, diz Kröger.

As investigações serão sendo conduzidas pelo delegado Cristiano Barreto, da 8ª Delegacia Metropolitana. “Instauramos os procedimentos e estamos precisando de algumas informações para iniciar as investigações”, diz. O delegado solicita apoio das famílias lesadas. “Aqueles que se sentirem atingidos devem procurar a Delegacia ou a direção clínica do hospital para fazer a denúncia”, observa o delegado.

As reclamações podem também ser feitas através do Disque Denúncia, pelo telefone 181, diretamente na Delegacia ou mesmo por meio de Boletim de Ocorrência. “Da forma que a família se sentir mais confortável”, diz o delegado.

Por Cássia Santana