Pacientes lembram da importância da doação de órgãos

Caminhada comemora o Dia Nacional (Fotos: Portal Infonet)

Neste domingo, 27, é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A data foi marcada por uma caminhada na capital sergipana. Pacientes, familiares e profissionais da saúde lembraram da importância da doação. Após seis anos de um transplante bem sucedido de rim, Ana Paula Santana lembra como era a vida antes da cirurgia e diz que ganhou uma nova oportunidade com a doação.

“Antes do transplante eu fazia hemodiálise três dias na semana durante quatro horas por dia. Nesse tempo eu não saia de casa porque não podia tomar água e me cansava muito. Estava em uma fila para a doação e quando me ligaram não acreditei. Após a cirurgia, ganhei uma nova vida. Hoje posso fazer tudo que antes era impossível, como caminhar, ir a praia, passear. Tudo isso agora posso fazer e não paro de agradecer a Deus”, conta.

Celina Bustamante é transplantada de córnea e enfrentou várias dificuldades, mesmo após a cirurgia. A paciente conta que mesmo após os transplantes, terá que se submeter a uma nova cirurgia.

Ana Paula comemora nova vida após transplante

“Aos 22 anos realizei a minha primeira cirurgia e em 1996 a segunda cirurgia de córnea. Dos 12 anos aos 22 anos fui cega e após a cirurgia, passei a enxergar. Naquele tempo a cirurgia não era tão avançada e a minha córnea não ficou completamente perfeita. Por isso, terei que realizar outra cirurgia”, relata Celina que foi aposentada aos 25 anos.

“A falta de informação fez com que a instituição bancária que eu trabalhava me aposentasse aos 25 anos. Isso foi muito triste para mim, porque a minha vida ficou estagnada. Fui considerada inapta para a função que exercia”, fala Bustamante que incentiva a doação. “Acorda Aracaju, a doação é um ato de amor. Doe órgãos”.

Dificuldades

O coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira Fernandez, voltou a reivindicar uma maior atenção do poder público para a falta de hospitais de transplante em Sergipe.

Celina incentiva a doação

O coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira

“É preciso que o poder público, Estado e Município façam parcerias para que Aracaju tenha um hospital para transplantes. Hoje, todos os pacientes são encaminhados via TFD [Tratamento Fora do Domicilio]. Nós temos hospitais que realizam transplantes em Arapiraca, Alagoas e em Itabuna, na Bahia. Infelizmente em Aracaju, em uma capital, nós não temos”, ressalta Benito que enfatiza que o Hospital Universitário vem se articulando para ser um hospital de transplante. “Existe um grande interessa por parte do Hospital Universitário, mas é preciso essa somação entre Estado e Município”, destaca.

Hospital Universitário

A chefe do setor de Regulação e Avaliação e Saúde do Hospital Universitário, Genilde Oliveira, frisa que até 2016 um prédio para o setor de transplante deverá ficar pronto. “Até o momento o nosso diálogo com o Município e Estado é tranquilo porque todos temos interesse em ter a habilitação em uma hospital para transplante. Estamos na fase da documentação e licitação de equipamentos, além da construção do prédio”, diz Genilde.

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