Pacientes reclamam de longa espera no Hospital Zé Franco

Na tarde desta terça-feira, 21, quem compareceu ao local teve que ter paciência para esperar ser atendido (Foto: Portal Infonet)

Alguns pacientes do Hospital Regional José Franco Sobrinho, localizado no Conjunto Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, se queixam que estão há mais de quatro horas esperando atendimento. Segundo os populares, o hospital vem sofrendo há algum tempo com longas filas de espera. Na tarde desta terça-feira, 21, quem compareceu ao local teve que ter paciência para esperar ser atendido.

“Deixei o meu trabalho de lado para acompanhar minha filha e até agora nada. Estou aqui desde às 11h”, lamenta Maria da Paz.

Embora a escala médica da unidade hospitalar informasse que havia cinco profissionais disponíveis (três clínicos gerais, um pediatra e um obstetra) para atender a população, a demora foi bastante acentuada. “Deixei o meu trabalho de lado para acompanhar minha filha e até agora nada. Estou aqui desde às 11h”, lamenta Maria da Paz. Ela relata que a filha está com depressão e com fortes crises de ansiedade. “Minha filha está com o pescoço torto e a boca também toda torta”, afirma.

Maria diz que ao reclamar da demora para uma das atendentes foi informada que o médico estava dormindo. “A informação que eu recebi foi que o médico estava dormindo, mas que logo, logo, iria começar a atender. Esse ‘logo, logo’, não chegou até agora”, afirma. “Daqui a pouco vai dar o horário dele ir embora e como é que a gente fica?”, questiona.

Rosângela Brito também diz que tem levado um ‘chá de cadeira’ do hospital (Foto: Portal Infonet)

Rosângela Brito também diz que tem levado um ‘chá de cadeira’ do hospital. Ela afirma que chegou à unidade por volta das 12h, trazendo a filha de quatro anos nos braços com um elevado quadro de febre, mas que não foi atendida imediatamente. “Desde sábado que a minha menina estava tendo febre. Fui até a atendente e disse que a minha filha estava com mais 37,5 ºC, mas ela disse que “estava no limite”. Quase não acreditei”, conta. Ainda segundo ela, só há uma médico atendendo. “Só está atendendo um médico. Disseram que iriam começar o atendimento por volta das 15h30, mas até agora nada”.

Hospital

Segundo a Superintendente da unidade hospitalar, Isabela Prado, a demanda de pessoas para o Hospital Zé Franco cresceu. Os casos que chegam à unidade, conforme a superintendente, são geralmente classificados como de “baixa complexidade” e, por isso, algumas pessoas têm que esperar. “Quando o risco de morte é muito alto, esses pacientes têm prioridade no atendimento”, informa. Ainda segundo Isabela, alguns médicos dormem porque utilizam o tempo de descanso previsto em lei. “A cada 12h trabalhadas os médicos têm direito a 2h de descanso. Quando um vai descansar, outro assume seu lugar”, completa.

por João Paulo Schneider 

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