Sem van, pacientes passavam 13 horas fora de casa (Foto cedida por paciente)

Os apelos dos pacientes renais de Tobias Barreto foram atendidos e uma van exclusiva foi disponibilizada pela prefeitura do município. O veículo será utilizado para levar os renais até o hospital de Estância, onde fazem hemodiálise. A principal reclamação era de que havia demora no transporte – um fator prejudicial a quem realiza o tratamento.

De acordo com a Associação de Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), esses pacientes costumavam passar até 13 horas fora de casa e não tinham o repouso necessário após o tratamento. A rotina consistia em sair de casa à 7h da manhã, chegar em Estância por volta das 9h e aguardar até às 12h para começar a hemodiálise [um processo artificial para filtração do sangue] que termina às 16h. A partir daí, os pacientes esperavam mais duas horas e 40 minutos até que o transporte retornasse. Como são 80 km de distância entre Tobias Barreto e Estância, os renais chegavam em casa às 20h.

Sem o repouso imediato após a hemodiálise, os pacientes podem ter tonturas, picos de pressão alta e até desmaios.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Tobias Barreto, a demora ocorria porque o veículo também era responsável por transportar pacientes até Aracaju. Porém, desde a quarta-feira, 9 de agosto, uma van exclusiva está disponível para o transporte. Ela sai às 8h de Tobias Barreto e retorna assim que o tratamento acaba. O Portal Infonet entrou em contato com a Arcrese e alguns dos pacientes, que confirmaram o novo veículo e os novos horários do transporte.

Valores das Diárias

Outra reclamação dos pacientes era que, por se tratarem fora do domicílio, recebem uma diária de R$ 8,40 para alimentação, porém esse valor é insuficiente para fazer todas as refeições necessárias.

A Secretaria de Saúde do município informou que o valor é determinado por uma portaria estadual e parte do recurso é repassado pelo Ministério da Saúde. No momento, o município arca com R$ 7 mil para custear as diárias e não tem condições de aumentar esse valor.

Por Jéssica França