Palestra alerta população contra distúrbios da tireóide

Glândula se localiza no pescoço, entre a laringe e a faringe (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Na tarde da próxima quarta-feira, 29, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SE) realizará uma palestra sobre doenças da tireóide. O evento marca a Semana Nacional da Tireóide, e busca alertar a população sobre os sintomas e tratamentos. A palestra será aberta ao público e ministrada pelo presidente da SBEM, Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira.

O especialista explica a importância da tireóide para o corpo humano. “Pelo fato de ser uma glândula endócrina, a tireóide produz hormônios e é responsável por reservar a energia do corpo. A doença mais comum ligada à tireóide é o hipotireoidismo, quando esta glândula não trabalha adequadamente e o metabolismo torna-se lento”, afirma.

O hipertireoidismo, por sua vez, se manifesta quando a tireóide trabalha mais do que o normal e acelera o metabolismo. Manuel Hermínio descreve os sintomas das duas doenças. “Os sinais mais frequentes do hipotireoidismo são cansaço, ganho de peso, queda de cabelo, disfunção sexual e frio excessivo. Já no hipetireoisdismo acontece o contrário: a pessoa se alimenta em excesso e perde peso, sofre de insônia, agitação e calor excessivo”, diz.

Segundo o médico, as doenças ligadas à tireóide tem sintomas diversos, o que pode acabar por confundir o paciente. “Como os sinais vão desde sangramento vaginal até dores musculares, passando por anemia, colesterol alto e unhas quebradiças, muitas pessoas pensam que se trata de outras doenças. Por isso, o diagnóstico acaba sendo tardio”, salienta.

“Em geral, os pacientes que sofrem de algum mal da tireóide tem altos índices de cura, e o tratamento é simples e barato. Desde que o diagnóstico seja precoce, a qualidade de vida do paciente é garantida. Caso sinta alguma alteração em seu metabolismo, o indivíduo deve procurar um endocrinologista o mais rápido possível”, completa.

Manuel Hermínio, presidente da SBEM

Manuel Hermínio alerta que as mulheres são mais atingidas pelas doenças da tireóide. “15% das mulheres adultas sofrem com hipotireoidismo. Para os homens, essa taxa é em média 12%. Essa diferença é verificada também em relação a outros distúrbios, como o hipertireoidismo e a presença de nódulos. Alguns casos podem ser hereditários, como o que chamamos de hipotireoidismo congênito. Por isso, se existe alguém com alguma doença da tireóide em sua família, fique atento”, informa.

Diagnóstico

Para detectar os males da tireóide, os testes do pezinho e sanguíneos são os exames mais comuns. “O hipotireoidismo é a principal doença detectada pelo teste do pezinho, e atinge um em cada 3 mil recém nascidos. Já os testes sanguíneos verificam o nível dos hormônuios TSH e T4”, expõe.

Outro exame bastante utilizado é a ultrassonografia, que analisa a presença de nódulos. “Em 95,5%, os nódulos são benignos. Por isso, o paciente não deve ser precipitado ao descobrir a existência de um nódulo. Aproximadamente 45% das mulheres adultas apresentam algum tipo de nódulo na tireóide, e esse índice aumenta com a idade. Em mulheres com mais de 70 anos, esse índice aumenta para 70%”, diz.

Evento

A palestra “Doenças da Tireóide” será realizada na sede da Climedi, localizada na avenida Barão de Maruim, às 17h30. Durante a programação, panfletos explicativos serão distribuídos à população. “Nosso intuito é fornecer informação para garantir a cidadania”, enfatiza o presidente da SBEM. O acesso é gratuito.

Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio

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