Pediatra reforça cuidados com viroses de verão

Doenças podem trazer náuseas, vômitos, febre e dor abdominal (Foto: Ebserh)

Em determinadas estações do ano chama a atenção o aumento no número de casos de algumas doenças, a exemplo das chamadas viroses de verão, ou gastroenterites, que são quadros que acometem o trato gastrointestinal. O médico pediatra e intensivista pediátrico do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), integrante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Marco Valadares, esclarece que entre os sintomas, o principal costuma ser a diarreia.

“Também podem ocorrer náuseas, vômitos, febre e dor abdominal. A febre, quando presente, deve ser vista como um sinal de alerta, sobretudo em bebês menores de dois anos de idade. Também podem aparecer sintomas respiratórios”, alerta o pediatra, que atualmente é chefe da Divisão Médica e responde como diretor técnico do HU-UFS/Ebserh.

“Essas viroses costumam ser quadros autolimitados, com resolução quase sempre em tempo inferior a uma semana. Contudo, todo paciente, sobretudo a criança, que apresente febre alta, dificuldade para ingerir líquidos, apatia, ou seja, muita fraqueza e pouca resposta aos estímulos, ou redução do volume da urina, deve procurar assistência médica”, explica.

Desidratação

Para ele, a maior complicação destes quadros é a desidratação. “O uso de líquidos, tais como água, sucos naturais e água de coco, deve ser estimulado. Contudo, em situações nas quais as perdas sejam muito grandes, pode estar indicado o uso de soluções específicas, os chamados soros orais, ou até mesmo hidratação pela veia”, aponta Marco.

“Nestes casos, só uma avaliação médica poderá definir a melhor forma de tratamento. Medicamentos antiespasmódicos (para cólicas), antieméticos (para vômitos) e antidiarreicos devem ser utilizados após avaliação médica, que irá considerar o real benefício para cada caso. Muitos destes medicamentos podem trazer efeitos colaterais importantes, sobretudo em crianças menores”, avisa o pediatra.

O profissional também chama a atenção para o fato de que estes quadros são transmitidos por meio de alimentos ou água contaminados, superfícies ou objetos contaminados e contato direto com pessoas infectadas. “A transmissão acontece com facilidade porque este tipo de vírus é transmitido por gotículas da boca ou nariz ou pelo contato com as fezes de pessoas com a doença. Ou seja, pelo chamado contato fecal-oral”, detalha.

Desta forma, Marco reforça que os cuidados de higiene são a melhor forma de prevenir estas doenças. “Devemos higienizar as mãos com frequência, utilizando sabonete ou álcool, sobretudo antes das refeições. Também devemos ter cuidado com a qualidade da água ingerida, que deve ser tratada, fervida ou mineral, e evitar a ingestão de alimentos e bebidas sem saber a sua origem. Além disso, a lavagem adequada de alimentos in natura, como frutas e legumes, antes da sua ingestão, e a manutenção de alimentos e bebidas em refrigeração adequada são outros cuidados importantes. Nesta época do ano, onde nas regiões litorâneas é tão mais frequente a ida às praias, deve-se ter atenção para não frequentar aquelas impróprias para banho”, sinaliza.

Ele ressalta ainda que vários são os agentes virais que podem estar envolvidos com estas doenças, mas quatro tipos costumam estar mais citados: Norovírus, Rotavírus, Adenovírus e Astrovírus. “O agente causador não é identificado na maioria das vezes, mas o tratamento deve ser direcionado para o quadro clínico apresentado pelo paciente, lembrando que pacientes que já tenham um quadro clínico de base podem estar mais predispostos a complicações diante destes quadros, a exemplo de pacientes com doenças que diminuam a sua imunidade (defesa), desnutridos, com doença cardíaca, diabéticos, algumas condições genéticas, dentre outras. Estes pacientes, assim como bebês menores, podem estar sujeitos a mais complicações”, revela o médico.

Fonte: Ebserh

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