Permanece a falta de remédios na Oncologia do Huse

Setor de Oncologia do Huse (Fotos: Portal Infonet)

O problema da falta de medicamentos no Setor de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) continua causando transtornos entre os pacientes e os familiares. A ausência de remédios como Taxol, CTX, CARBO, 5FU, Arédia e Arimedex nas farmácias do Huse vem prejudicando o tratamento de pacientes com câncer. Nesta sexta-feira, 20, a juíza da 3ª Vara Cível, Simone Fraga de Oliveira determinou que o Estado de Sergipe e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) providenciem em caráter de urgência, a distribuição dos medicamentos quimioterápicos antineoplásicos, em quantitativo suficiente para atender à demanda.

A liminar foi deferida em Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 26 de março de 2012. “Vale indagar quantas pessoas neste intervalo de tempo perderam a vida em razão da indiferença e da insensibilidade dos administradores públicos que certamente não precisam da rede pública para tratar suas moléstias”, destaca Simone Fraga.

Ilton Santos: "Falta desde uma simples dipirona"

Na decisão judicial, ela expediu mandato de intimação pessoal para o Secretário de Estado da Saúde, José Sobral e para o diretor Presidente da FHS, Hans Lobo informando sobre a determinação de cumprimento da liminar deferida desde 27 de março de 2012 e que, de acordo com os autos, não foi cumprida até a presente data.

De acordo ainda com a decisão, “o Estado de Sergipe não pode aplicar recursos públicos próprios do Erário estadual, em campanhas publicitárias que envolvam matéria institucionais ou promocionais do Governo enquanto não for regularizada a distribuição dos medicamentos.

Em caso de novo descumprimento, foi autorizado o bloqueio de verbas estaduais no valor de R$ 5 mil reais diários, bem como, comprovado o descumprimento, os documentos deverão ser enviados ao Procurador-Geral de Justiça e servirão de instrução para uma Ação Penal pela prática, em tese, de crime de desobediência à ordem judicial.

Pacientes

Michele Souza: "Quando falta a gente tem que comprar"

Na porta do Setor de Oncologia do Huse, as reclamações são constantes. “Eu fiz tratamento aqui e agora estou completando com fisioterapia, mas falta de remédios na Oncologia é o que mais se vê. Falta desde uma simples dipirona até um remédio mais complexo”, ressalta o paciente Ildo Santos.

“Quando falta é ruím porque a gente tem que comprar para não interromper o tratamento”, completa a jovem Michele Souza.

SES

Na assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Estado da Saúde, é de que o problema acontece em virtude da “falta de um controle eficiente da Fundação Hospitalar de Saúde.  O secretário reconhece que o controle não é eficiente e está formalizando um protocolo organizacional melhor no sentido de abastecer o almoxarifado”.

Por Aldaci de Souza com informações do MPE

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