Pesquisa: mulheres mais suscetíveis ao câncer de boca

(Foto: Ascom Fapitec)

O câncer de boca é considerado um grave problema de saúde pública em todo país. Em Sergipe são registrados aproximadamente 9,28 casos a cada cem mil habitantes, tornando assim, o maior índice com incidentes de câncer de boca do Nordeste. Pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desenvolveram estudos acerca dos fatores de risco do câncer de boca em Sergipe, além dos fatores associados ao atraso do diagnóstico e ao tratamento dos pacientes.

Coordenada pelo professor Paulo Ricardo Saquete, a pesquisa iniciou em 2013, período que foi intensificado os estudos com o financiamento da pesquisa pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), através do edital Nº 13/2012 de Apoio e Desenvolvimento de Políticas Públicas no Estado de Sergipe (NAPs). O projeto busca atender uma demanda da Secretaria de Estado da Saúde (SES), com intuito de verificar os fatores que estão associados ao atraso do diagnóstico do câncer de boca, enfatizando o impacto na qualidade de vida dos pacientes que aguardam o tratamento oncológico.

De acordo com o professor, o estudo avalia o comportamento dos pacientes enquanto esperam pelo tratamento. “O problema é de extrema relevância já que o estado de Sergipe tem o maior índice de incidentes de câncer de boca do Nordeste, e é um dos maiores do Brasil. É justo que investigássemos isso para dar um retorno à sociedade em relação a esse problema”, relatou. 
A pesquisa apontou as mulheres estão fumando mais, e como consequência se tornam vítimas do câncer de boca.

“Hoje percebemos uma mudança no perfil dos pacientes. As mulheres estão mais submetidas ao câncer de boca, decorrente do fumo. Outro fator é a alta exposição solar que pode desenvolver lesão pré-maligna de lábio causada pela exposição solar. Hoje também há indícios que o vírus do HPV vem se tornando uma ameaça, atuando na cavidade oral”, explica o professor Ricardo.
Durante o estudo, foi verificado que diversos domínios na qualidade de vida dos pacientes são afetados, como por exemplo, o domínio emocional, a angústia dos pacientes e seus familiares, os domínios físicos, as dificuldades financeiras. Além de tudo isso, o sexo masculino acaba atrasando mais no diagnóstico do que o sexo feminino, principalmente no caso de pessoas de baixa escolaridade.

Resultados
A partir da pesquisa, oestudante Breno Aragão desenvolveu uma dissertação sobre o assunto. A dissertação foi defendida na última sexta-feira, 31de julho, no Hospital Universitário. “É um tema relevante, percebemos em vários trabalhos da literatura que os pacientes atrasam o diagnóstico e às vezes esse atraso não é só por conta do paciente, também do profissional e do próprio sistema de saúde. Acho que isso fez com que eu buscasse um tema como esse e investigasse o assunto”, explica Breno.

Os pacientes que possuem pouco conhecimento sobre as lesões e fatores de risco do câncer de boca são os que mais atrasam o diagnóstico. Para o professor, é preciso o desenvolvimento de políticas públicas para esse tipo de público e campanhas educativas. Segundo o professor, também é necessário o acompanhamento psicológico, visto que os níveis de ansiedade e depressão aumentam nos pacientes que aguardam o tratamento.

Fatores de Risco

O câncer de boca tem como principal causa o fumo, pois aproximadamente 98% dos pacientes que desenvolveram o câncer de boca tinham histórico de tabagismo e geralmente aqueles que fumavam de 10 a 20 cigarros por dia. Segundo a pesquisa desenvolvida, a média de idade dos fumantes em Sergipe vai de 10 a 15 anos, ou seja, as pessoas começam a fumar logo no inicio da adolescência. Geralmente, essas pessoas são influenciadas pelos pais que também fumam, tornando o tabagismo um problema crônico. A média de idade das vitimas de câncer aqui no Estado é de 50 anos.

Prevenção
Existem medidas preventivas para não desenvolver o câncer de boca, como evitar o tabagismo, por ser o principal fator de risco, além de evitar o etilismo crônico, que é o consumo de bebidas alcoólicas, e a exposição crônica à radiação solar, utilizando protetores solar e chapéus.

Fonte: Assessoria de Comunicação Fapitec 

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