Pesquisa sobre diagnóstico e tratamento do calazar

(Foto: Assessoria de Comunicação)

Pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estão desenvolvendo um estudo sobre a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, a leishmaniose visceral (calazar). A pesquisa é coordenada pelo doutor em imunologia, Roque Pacheco de Almeida. O estudo permite um diagnóstico rápido do calazar, que pode ser confundido com outras doenças, por isso, a demora no diagnóstico que pode levar à morte.

A pesquisa iniciou há sete anos com o objetivo de desenvolver um diagnóstico eficaz e entender como o parasita se comporta nas pessoas, pois há chances de que o calazar seja confundido com outras doenças. O projeto, apoiado pela Fundação de apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec/SE), busca introduzir um diagnóstico adequado para diminuir o número de mortes devido ao Calazar. “A pessoa deve ser diagnosticada e tratada imediatamente, pois pode ser fatal”, alerta o professor.

O calazar é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo mosquito, que transmite um parasita para o ser humano e para o cão. Quando o parasita se instala no cão, ele pode causar a doença que é transmitida pelos grandes centros e se torna potencialmente perigosa pelo grande número de cachorros que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.

De acordo com o professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Roque Pacheco, o mosquito não se prolifera como o mosquito da dengue, na água, ele se desenvolve em ambientes úmidos como o resto de madeira e folhas. O parasita se instala na medula óssea, no baço e no fígado, causando anemia, aumento no fígado e no baço, pois é onde se encontra o parasita. “Uma minoria de pessoas contraí a doença, que causa vômito, febre, diarreia, o fígado e o baço aumentam, além da queda no estado de saúde geral do paciente”, explica.

O tratamento pode ser realizado no Hospital Universitário ou em um hospital de referência em Sergipe. O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue do paciente, colocado em contato com uma fita específica que tem os marcadores do parasita. Se reagir, indica que é positivo e que o paciente tem anticorpos para o parasita. Quando constatado o diagnóstico, o paciente deve ser internado para fazer o tratamento. O paciente deve ficar internado entre sete a vinte dias e ser tratado adequadamente, pois é o que irá determinar se a doença pode ou não voltar. Não existe vacina para a doença, sendo assim, a solução é prevenir a proliferação do mosquito.

O calazar em Sergipe é um “urbano”, pois as pessoas adquirem nos grandes bairros e nos municípios de São Cristovão, Laranjeiras e Itaporanga. “Nós temos em média cerca de oitenta casos por ano em Sergipe, vindo da Grande Aracaju”, relata o professor. A taxa de mortalidade pelo calazar chegava a 10% e agora chega a menos de 2%, depois que foi introduzido o diagnóstico e o tratamento adequado desenvolvido pela pesquisa.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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