PMA alerta para os perigos da coqueluche e orienta para a vacinação

Diferentemente do cenário nacional, em que surtos de coqueluche foram registrados em pelo menos quatro estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a Prefeitura de Aracaju destaca que, entre 2021 e 2024, foram confirmados apenas quatro casos de coqueluche na capital. Diante disso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta a população sobre os sinais e sintomas da doença, os serviços disponíveis para tratamento e reforça a importância da vacinação.

Até outubro deste ano, o Ministério da Saúde registrou 12 óbitos em menores de seis meses de idade em todo o país. Além disso, 82% das mães dessas crianças não estavam vacinadas contra a coqueluche.

A única forma de prevenção contra a doença é a vacinação, já que se trata de uma doença infecciosa provocada pela bactéria Bordetella pertussis, considerada altamente transmissível por meio de gotículas espalhadas pelo ar.

A coqueluche pode afetar indivíduos de qualquer idade, desde recém-nascidos até adultos, como explica a referência técnica da Vigilância Epidemiológica, Ilziney Simões.

“Embora a coqueluche possa acometer pessoas em qualquer fase da vida, o risco de complicações e até de óbitos é maior para as crianças. Por isso, é fundamental que os pais fiquem atentos aos sinais sugestivos de coqueluche e busquem atendimento médico rapidamente. Além disso, é essencial para a saúde pública que as coberturas vacinais estejam elevadas, conforme previsto no Programa Nacional de Imunizações, para que as crianças não adoeçam por doenças que podem ser prevenidas com vacinas”, destaca Ilziney.

O principal sintoma da coqueluche é a tosse seca por mais de 14 dias. Em crianças menores de 6 meses com histórico de tosse por até 10 dias, é importante manter o alerta. Outros sintomas podem incluir vômitos após a tosse, cianose, guincho inspiratório, entre outros. Para prevenir a coqueluche, é necessário seguir o esquema vacinal com três doses e dois reforços.

Esquema vacinal

O esquema vacinal inclui no mínimo 3 doses da vacina pentavalente (DTP+Hib+Hepatite B): a primeira aos dois meses de vida, a segunda aos quatro meses e a terceira aos seis meses de idade. Depois, um reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos, ambos com a tríplice bacteriana (DTP). As gestantes também devem ser vacinadas durante o pré-natal para proteger o recém-nascido antes da sua imunização aos dois meses de idade.

Atualmente, a cobertura vacinal para a coqueluche em Aracaju está em 82,42% com a pentavalente (DTP/HepB/Hib), o que corresponde a 16.707 doses aplicadas. Já a dose de reforço (DTP) alcançou 79,83% do público-alvo, com 12.005 doses aplicadas.

Esses números mostram que, em 2024, a cobertura vacinal superou os anos anteriores, entre 2019 e 2023. De acordo com informações da coordenação de imunização, entre 2019 e 2023, as taxas de vacinação com a pentavalente não ultrapassaram os 78%. No mesmo período, a vacinação com a dose de reforço teve a maior cobertura em 2023, com 64%.

Fonte: AAN