População sofre com a greve dos enfermeiros

Enfermeiros aderiram a greve (Fotos: Portal Infonet)

Após onze dias de greve, os pacientes do sistema de saúde confirmam que a greve dos enfermeiros está causando transtornos à população que necessita de atendimento nos postos de saúde da capital. Até o momento, a greve conta com a adesão de 93,7% dos enfermeiros segundo levantamento do próprio Sindicato.

Em diversos postos os enfermeiros aderiram ao movimento, sendo que apenas as unidades de saúde João Oliveira Sobral (Santos Dumont), Onésimo Pinto (Jardim Centenário), Amélia Leite (Suissa), Niceu Dantas (Mosqueiro), Max Carvalho (Luzia), Oswaldo de Souza – Caic (Getúlio Vargas) e a unidade Augusto Franco (Augusto Franco), contam com a presença dos profissionais de enfermagem.

Na Unidade de Saúde da Família Dona Jovem, localizada no bairro Industrial, todos os enfermeiros, quatro no total, aderiram à greve. Com isso, os serviços de vacinação, marcação de exames e acolhimento aos pacientes ficaram comprometidos. A aposentada Celeste Rodrigues Santos afirma que os serviços na unidade estão sendo feitos com lentidão por conta da falta do profissional para agilizar o atendimento. “Estive aqui pela manhã e estava lotado. Uma médica para fazer o trabalho do enfermeiro e atender a população. Agora a tarde está mais tranquilo, mas mesmo assim está difícil. Vim trazer minha filha Daiane que está com dor na garganta e espero que sejamos atendidas”, pede a aposentada.

Celeste Rodrigues (blusa preta) com a filha Daiane

De acordo com a funcionária do posto Dona Jovem, Norbelia de Santana Reis, a unidade está contando apenas com o atendimento dos quatro médicos. “Os médicos estão fazendo o possível para atender a população. Eles mesmos estão despachando as receitas dos pacientes para receberem os medicamentos, mas o atendimento aqui está sendo feito”, afirma Norbelia.

Outra unidade de saúde também com os atendimentos interrompidos é o Francisco Fonseca, localizado na Palestina. Segundo os usuários da unidade os pacientes estão sendo prejudicados e com a esperança que a greve se encerre o mais rápido possível.

Na última quarta-feira, 28, os enfermeiros do município foram até a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) solicitar apoio dos vereadores para tentar reabrir um canal de discussão e negociação com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

Por Aisla Vasconcelos