Prefeito de Carira relata omissão do Estado ao MPE

Prefeito pede providência ao MPE para solucionar problemas do Samu (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O prefeito de Carira, Arodoaldo Chagas (PSC), protocolou uma reclamação no Ministério Público Estadual (MPE) contra o Governo do Estado por falta de prestação de atendimento a pacientes vítimas de acidentes de trânsito. O prefeito explicou que procurou uma solução para os problemas que a população enfrenta, em consequência da morosidade na prestação do atendimento feito pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em reunião administrativa com o secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima, mas não teve sucesso.

O prefeito garante que tentou audiência, mas não conseguiu espaço na agenda do secretário. “Como não recebi nenhum telefonema do secretário, protocolei uma reclamação no Ministério Público”, informa o gestor. “Quero deixar claro que não há nenhuma questão política, o município tem procurado ser parceiro do governador, mas queremos uma solução para os pacientes aqui em Carira”, diz.

O prefeito atribui responsabilidade ao Samu pela morte de dois pacientes, que receberam atendimento inicial na unidade básica de saúde do município, e também pela amputação de membro de um outro paciente, vítima de acidente de trânsito. Na ótica do prefeito, se o Samu tivesse tido agilidade no atendimento, não teria ocorrido estas consequências àqueles pacientes.

Problemas frequentes

O Ministério Público Estadual ainda não se manifestou sobre esta última reclamação do prefeito. A assessoria de imprensa do MPE informou que a Promotoria de Carira recebeu ofício da Secretaria Municipal de Saúde e o conteúdo ainda está em análise para se definir os procedimentos que serão adotados.

Por outro lado, a assessoria informa que o problema já foi alvo de ação judicial movida pelo MPE contra o Estado de Sergipe e contra a Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS), em tramitação na Comarca de Carira, ainda pendente de julgamento.

Sem notificação

A assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Estado da Saúde ainda não foi notificada sobre esta reclamação do prefeito ao MPE. A assessoria revela que as informações transmitidas pelo prefeito não são consistentes, haja vista que os chamados não tiveram origem no local dos acidentes. Os chamados, conforme a assessoria, já foram feitos por um dos médicos que atende na unidade básica de saúde do município e que a regulação foi feita de forma satisfatória.

A assessoria informa que o Samu conhece a morte de uma pessoa, que teria sido ocasionada em consequência do estado do paciente, classificado gravíssimo, decorrente de um AVC e que teria evoluído para óbito, sem responsabilidade de qualquer profissional. Quanto à amputação de membro em um outro paciente vítima de acidente citado pelo prefeito, a assessoria informa que a regulação, que também teria sido acionada por médico da unidade básica de saúde do município onde a vítima já estava sendo atendida, verificou suspeita de luxação no ombro, sem aparente gravidade e sem necessidade de amputação.

Neste caso, na visão da assessoria, os procedimentos foram adotados de forma correta, para encaminhar o paciente, que não apresentava características graves para amputação, conforme a assessoria.

Por Cássia Santana

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