De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), diariamente, 443 pessoas morrem, no Brasil, em decorrência do tabagismo. Por ano, são 161.853 mortes que poderiam ter sido evitadas. O 31 de maio é lembrado como o Dia Mundial Sem Tabaco e, enquanto vivenciamos a crise sanitária decorrente do coronavírus, outro fator preocupante incide: fumantes têm maior risco de desenvolver doença grave e morte por covid-19.
Apesar de ser um assunto recorrente e há muito tempo tido como uma questão de saúde pública, sendo o tabagismo considerado uma doença crônica e que integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais, ainda é alto o número de fumantes, são mais de 20 milhões em todo o país.
Em Aracaju, uma das formas de controle à doença é realizada através do Programa de Combate ao Tabagismo, coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Por meio dele, quem tem interesse em parar de fumar encontra apoio e tratamento.
O serviço, porta aberta, é ofertado no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) do Siqueira Campos, situado na rua Bahia, s/n, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Os interessados precisam residir na capital e apresentar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme destaca a coordenadora do programa, Nazaré Aragão, durante a pandemia, o serviço teve aumento na procura, justamente porque os fumantes passaram a ter maior noção do risco que correm.
“No último quadrimestre, atendemos a 128 pacientes, sendo que, destes, tratamos 70 e 10 abandonaram. No entanto, para nós, este é um saldo positivo porque conseguimos tratar a maioria. Para o fumante é um desafio e justamente por isso que oferecemos todo o suporte a ele. O tratamento existe, é gratuito, a Secretaria oferece toda a medicação e estrutura para o paciente que queira parar de fumar”, pontua Nazaré.
No Programa, os profissionais sempre usam a frase “você não nasce fumando e não é obrigado a morrer fumando”, um estímulo inicial para mobilizar os pacientes a compreenderem que estar fumante não é o mesmo que ser fumante, ou seja, a condição pode ser mutável, desde que se busque ajude.
“O tratamento dura quatro meses. Com a pandemia, não estamos mais reunindo grupos, mas o atendimento individual continua, em que o usuário passa pela médica, já sai com a medicação e com retorno já marcado para trinta dias. Para o atual quadrimestre, já tem mais 100 pacientes para serem tratados e temos confiança que muitos sairão bem e sob controle de si mesmos”, frisa a coordenadora.
O tratamento utiliza a abordagem cognitivo-comportamental para entender os motivos do vício e a duração. Além disso, o programa atende, também, casos de recaída, garantindo o acompanhamento do paciente em todas as fases.
Fonte: PMA
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