Problemas no Huse fazem secretário convocar imprensa

Zezinho Sobral: "Huse é o Hospital Pulmão"

Com os servidores terceirizados que trabalham na preparação e fornecimento de alimentos no Hospital de Urgência de Sergipe de (Huse) de braços cruzados, além da superlotação anunciada pelo diretor clínico, Marcos Kroger e de problemas com o não funcionamento da máquina de radioterapia, o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 11 para esclarecer os fatos e garantiu que a Fundação Hospitalar de Saúde não estava sabendo do atraso por parte da empresa à qual o Estado têm uma dívida de mais de R$ 5 milhões.

“Nós tomamos conhecimento só agora através da manifestação dos terceirizados e determinamos que a  Fundação tome as medidas cautelares necessárias e efetue o seu pagamento na Justiça do Trabalho para que os servidores e o sindicato apresentem lá o quanto está de atraso e assim garanta o pagamento dos servidores. Essa é uma parcela do faturamento mensal que está em torno de R$ 1 milhão e 200 mil”, ressalta.

Zezinho Sobral destacou que a dívida pode efetivamente ser negociada e paga e que vem desde o ano passado, girando em torno de R$ 5 milhões e 300.

"Estão utilizando servidores para exercer o papel de cobrador, isso té errado"

“Na semana passada a empresa procurou a Fundação dizendo que querem que seja quitada a dívida do contrato atual mais a dívida de um contrato antigo, que eles queriam que fosse quitado, o que excedia em quase 2 milhões o valor da parcela mensal. A Fundação negociou dizendo que paga a parcela e divide o restante e eles insistiram que deveria ser pago integralmente senão faria a rescisão contratual. Não há nenhum problema, a questão agora é que ganhou um cunho social que seria o não pagamento da segunda quinzena do mês de julho, e nós orientamos que ao invés de pagar diretamente essa fatura, que se faça o recolhimento junto à Justiça do Trabalho para assegurar os direitos dos trabalhadores”, afirma.

O secretário explicou que a Fundação e o Secretaria de Estado da Saúde possui centenas de prestadores de serviços e dívidas junto a eles. “O direito de cobrar é o direito dos prestadores de serviços e nós temos centenas de prestadores de serviços, o que é equivocado, é se utilizar de servidor para exercer o papel de cobrador, isso tá errado”, entende.

Radioterapia

Ele informou que a máquina da radioterapia não está quebrada. “Na radioterapia nós temos 301 pacientes aguardando o início do tratamento, são 298 que irão para o Huse e três apenas que irão para o Hospital de Cirurgia. O que houve foi a quebra do aparelho de resfriamento, uma bomba que cuida do resfriamento e está sendo testada esta tarde. O Protocolo de início dos tratamentos de radioterapia em Sergipe, que pelo Ministério da Saúde é de 60 dias, nós estamos trabalhando com 30 dias”, garante.

Superlotação

Quanto a superlotação nas alas do Huse, anunciada pelo diretor Marcos Kroger [35 pacientes na Ala Vermelha, quando a capacidade é de 16].

“O Huse é o hospital pulmão, é o hospital geral do Estado de Sergipe e tem por vocação receber todas as demandas, o que nós temos que verificar é a rotação de leitos. Quanto tempo essas pessoas passam hospitalizadas há mais de 30 dias, de 60, 90 dias. Quais são as alas do hospital que hoje recebem o volume de pacientes a mais? O Verde Trauma, que todas as segundas-feiras está superlotada em virtude dos acidentes de motos nos finais de semana e a Ala Azul, que é uma área onde o paciente passa de seis a 12 horas, que é o paciente chega andando em busca de uma solução mais simples, que não é a especialidade do Huse, mas o hospital recebe, medica e em seguida libera. As demais alas estão dentro da lotação com a capacidade regular”, diz.
O secretário disse ainda que a atenção básica poderia ser mais resolutiva na sua origem. “A gente recebe um AVC no Huse porque a pressão do paciente não foi controlada na rede básica. Já os seis hospitais regionais são muito resolutos, com uma média de atendimento entre seis e dez mil pacientes mês, ou seja, os regionais estão funcionando como amortecedores, reduzindo o encaminhamento e alguns já estão fazendo cirurgias, como o de Propriá, Itabaiana, Lagarto e Socorro”, diz.

Lacen

E sobre a falta de kits no Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen/SE) e no Hemose, o que estaria dificultando a coleta de sangue, o secretário garantiu: “No Hemose, temos 800 bolsas e realizamos todos os testes e na próxima quinta-feira, 13, o fornecedor estará chegando e me garantiu que estará disponibilizando cinco kits para o Lacen.

Por Aldaci de Souza

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