Promotora quer ouvir explicações quanto as denúncias sobre o Huse (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
A demanda de cirurgias ortopédicas, falta de insumos e a constante reclamação por parte das equipes do Serviço Móvel de Urgência e Emergência de Sergipe (Samu) com relação à retenção de macas no maior hospital público de Sergipe foram observadas pela promotora dos direitos da saúde do Ministério Público de Sergipe (MPE), Euza Missano. Na última quinta-feira, 26, a promotora realizou uma visita no Huse e conversou com a direção sobre as denúncias recebidas por pacientes e profissionais da saúde que atuam na unidade hospitalar.
O problema já foi noticiado pelo Portal Infonet que mostrou que cerca de 50 pacientes aguardam na fila de espera para realizar cirurgias ortopédicas. A crise na ortopedia terminou ainda na demissão de ortopedistas. Em entrevista recente ao Portal o presidente do Sindimed, João Augusto Alves de Oliveira, afirmou que já existem dez pedidos de demissão por parte dos ortopedistas do Huse junto à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), mas a homologação ainda não aconteceu no Sindicato dos Médicos.
Para resolver o impasse a promotora Euza Missano já convocou uma nova audiência que será realizada na próxima quarta-feira, 31, na sede do MPE.
Questionada sobre os problemas recorrentes no Huse, a assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar de Saúde explicou que quando a nova superintendência do Huse assumiu, cerca de 160 pacientes aguardavam em uma lista de espera por uma cirurgia ortopédica. Nos últimos 45 dias, desde que foi iniciado o mutirão, esse número reduziu para menos de 20.
Em nota encaminhada a Infonet o diretor técnico do hospital afirma que já existem cirurgias agendadas. "Mas o que precisa ser considerado é que hoje outros 50 casos estão com cirurgias sendo agendadas. São casos novos, que chegam diariamente. Quando falamos em cirurgias ortopédicas, sempre vai haver fila de espera porque a cada dia chegam novos casos", esclarece o diretor técnico do Huse, Augusto César Esmeraldo.
A assessoria ressalta ainda que durante o ano de 2011, as vítimas de acidentes no trânsito representaram cerca de 60% do número de pacientes com algum tipo de trauma que deram entrada no serviço de saúde. Aliado a outros fatores, toda essa demanda gerou uma fila de espera por cirurgias ortopédicas.
"Hoje, paralelo ao mutirão, o diretor técnico ressalta ainda que há horas de trabalho contratadas junto aos ortopedistas suficientes para manter a escala de cinco profissionais no serviço todos os dias. São 40 ortopedistas e a escala está sendo redefinida para atender plenamente a demanda, evitando que novas filas se formem. Para superar o problema, a atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), adotou uma série de medidas. Com o mutirão já foram realizadas um total de cerca de 400 cirurgias desde o mês de setembro, o que vem reduzindo bastante a fila de espera. Outras ações adotadas pelo secretário estadual da Saúde no sentido de evitar a formação de nova fila de espera, é fazer com que as unidades hospitalares funcionem em rede. Dessa forma, o paciente é atendido mais perto do local onde reside, não necessitando ser encaminhado ao Hospital de Urgência. "Exemplo disso é a retomada dos procedimentos ortopédicos de rotina no Hospital de Itabaiana, além do reforço na escala no Hospital Regional de Lagarto, que já realizou mais de 70 procedimentos cirúrgicos, desde o final agosto, evitando o encaminhamento dos pacientes para o HUSE, como era realizado anteriormente. Esse, para a gestão, é um dos maiores avanços e vamos continuar trabalhando com o objetivo de atingir a nossa meta que a de fazer com a rede hospitalar funcione em sua plenitude", conclui o secretário Silvio Santos, em nota ecaminhada por meio da assessoria de comunicação.
Por Kátia Susanna
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