Fábio Viegas atende convite de jornalistas e comparece ao Cabaré |
O promotor de Justiça, que responde pela pasta de Saúde do Ministério Público do Estado (MP), Fábio Viegas, deixou claro que a instituição quer resolver os problemas da Saúde através de debates e acordos com os gestores. “O intuito do MP não é multar e nem abrir procedimentos, queremos que a Saúde funcione a contento. Como também não é intuito do MP fazer pauta, até por que não sou gestor e não fui eleito para isso”, disse o promotor em conversa com jornalistas no “Nós no Caberé.com convidados” na noite desta quinta-feira, 3.
Analisando que atualmente nenhum hospital público do Estado de Sergipe atende com a devida qualidade, o promotor acredita que esta situação possa ser revogada com trabalho e planejamento. “ A situação da Saúde é muito difícil. Hoje são milhões e milhões investidos nesta área e isto é fato. Mas acredito que com planejamento muita coisa possa ser melhorada. É importante dizer que a participação do Governo Federal nesta mudança também é importantíssima”, diz.
Ele pediu aos gestores que além de destinar verbas, atuem na fiscalização de todas as áreas da Saúde para que a realidade atual seja modificada. “Peço que o gestor lembre-se sempre da saúde. A vida não tem preço, mas tem um custo”, ressalta.
Médicos
Apesar de entender os motivos pelos quais os municípios contratam alguns médicos sem concurso, o MP vê a importância de mudança. “Entendemos a necessidade de o médico ser contratado emergencialmente em algumas cidades, mas existe a necessidade de concurso”, afirma.
Jornalistas estiveram presente ao debate |
Sobre a dificuldade dos prefeitos de cidades do interior em conseguir médicos para trabalhar em cidades mais afastadas da capital, Fábio Viegas disse que a maioria da classe é comprometida, mas que existem alguns procedimentos abertos contra médicos, a exemplo de alguns que hoje assinam pontos em cargas horárias, maior do que poderiam cumprir. “Queremos que os médicos sejam bem pagos, mas que também trabalhem”, diz.
“Médico trabalha muito, mas não é mal remunerado. Defendo que médico deve ganhar bem, mas é necessário que ele cumpra sua carga horária. Entendo que um médico não queira morar no interior por não ter diversidade de programas culturais e entretenimento, mas acredito que isso também possa ser planejado e/ou adaptado”, alegou.
Descentralização
Ao falar de descentralização do atendimento da Saúde no Estado, o promotor comenta que é preciso fortalecer os hospitais regionais e que existe a dificuldade de se manter uma UTI com toda estrutura necessária. “A estrutura de alguns hospitais do interior é boa, mas sabe-se que o custo para uma UTI funcionar é elevado, o que gera uma grande dificuldade. Para ter uma UTI necessita-se no mínimo de quatro médicos”, diz.
Ações
Atualmente existem pelo menos cinquenta ações civis públicas em andamento, referentes a pleitos desatendidos pelos órgãos responsáveis pela saúde no Estado de Sergipe. “Estas ações vão desde à não entrega de medicamentos essenciais a população, passando pelo desentendimento ou retardamento de exames clínicos, atendimento nos hospitais de forma inadequada, falta de leitos psiquiátricos, escala de cirurgiões e até mesmo de plantonistas, atendimento inadequado pelo SAMU, entre outros”, diz ele, acrescentando que este número se deve também pelas denúncias da imprensa e pelo maior esclarecimento do povo.
TCE
A respeito do relatório do TCE sobre o Huse, o promotor disse que só irá se pronunciar após finalizar a análise do processo. “Estou com este procedimento e tem muito pano para manga”, diz.
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