Protesto: moradores se acorrentam em posto de saúde

Moradora acorrentada: dificuldades na marcação de exame (Fotos: Portal Infonet)

Moradores do bairro Coroa do Meio, em Aracaju, se acorrentaram na porta do Posto de Saúde Hugo Gurgel em protesto à morosidade para marcação de exames e outras deficiências ali existentes para atender aos pacientes. A trabalhadora doméstica Marilene da Conceição dos Santos, 24, informou que há três anos tenta marcar um teste ergométrico e até o momento não obteve êxito. "A gente vem, tenta, mas não sai no sistema", diz. "Daqui a pouco vai sair é o atestado de óbito", ironizou.

Alguns moradores se distribuíram entre as portas e se acorrentaram como forma de impedir a abertura da unidade. "Queremos a solução. Se não resolver, o posto não vai abrir", declarou o conselheiro Municipal de saúde Edvaldo Santana, que intermediava os entendimentos.

O vendedor de verduras informou que foi acometido por um mal identificado como 'doença do rato' há cerca de oito meses. Segundo revelou, ele passou 25 dias internado no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e, desde então, tenta repetir os exames na rede de atendimento do município e até o momento não obteve êxito.

Marilene exibe requição: três anos para teste ergométrico 

Dioclécio: doença do rato sem acompanhamento

Edvaldo [à esquerda] recusa negociar com Murillo [à direita]

A dona de casa Lucineide Ribeiro, 50, faz a mesma reclamação: há um ano tenta uma ultrassonografia. A também dona de casa Gilvaneide dos Santos Feitosa, 47, diz que está tentando há um ano e oito meses uma ultrassom mamária para ela e uma transvaginal para a filha que também não consegue.

Apesar destes relatos, o diretor de atenção à saúde, Murillo Oliveira, nega a possibilidade de haver paciente aguardando há tanto tempo em fila de espera. "Como, se zeramos tudo em agosto passado?", questionou. "Temos que verificar cada caso", reagiu. O diretor informou que está disposto a ouvir todos os pacientes e buscar a solução para os problemas. Admitiu entraves que ele classificou como pontuais e garantiu que não vê dificuldades para equacionar os problemas, desde que os manifestantes se disponham a conversar.

Mas os manifestam resistem entendimentos com o diretor e exigem a presença do próprio secretário municipal de saúde. "Foi esse diretor que bateu na nossa cara da outra vez e até hoje ainda está doendo", reagiu o conselheiro Municipal de saúde, Edvaldo Santana.

Por Cássia Santana

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