Quatro mil vítimas de acidentes recebem atendimento

O custo para internação do paciente é de cerca de R$ 120 mil (Foto: Ricardo Pinho)

O paciente José Roberto de Souza, 32 anos, internado do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), já sofreu dois acidentes de moto este ano. No primeiro, ocorrido em janeiro, teve apenas escoriações. Já desta vez, as consequências foram um pouco mais graves, como ele conta.

“Fui ultrapassado de forma brusca por um automóvel e a queda foi inevitável. Os médicos disseram que tive fraturas no fêmur da perna esquerda. O susto foi grande, mas vou me tratar”, afirma.

José Roberto faz parte de uma estatística que assusta: o número de pessoas que dão entrada no Huse devido à violência no trânsito. Somente entre os meses de janeiro e julho de 2016, foram 476 pacientes vítimas de acidentes de carro e 3.852 de moto. Na maioria das vezes, as ocorrências causam fraturas dos membros superiores e inferiores e afetam ossos como o fêmur, tíbia e rádio, além da região do tórax.

“Em cerca de 30% desses casos as sequelas são definitivas, como paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputações. Nos outros 70%, as vítimas sofrem sequelas parciais, como restrições de movimentos e dores”, explica o coordenador do Pronto Socorro do Huse, Vinicius Vilella.

Em média, a pessoa envolvida em um acidente de moto ou automóvel precisa ficar hospitalizada por 45 dias. Já o custo para a internação do paciente ortopédico em Sergipe, para este tipo de caso, é de cerca de R$ 120 mil, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Esses gastos podem ser divididos em assistência pré-hospitalar (a exemplo do Samu 192 Sergipe), insumos, salas cirúrgicas, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – para os casos de maior gravidade –, exames, insumos e equipamentos. Além disso, temos a formação de filas de pacientes com outras patologias que também esperam pelas cirurgias”, explica a superintendente do Huse, Lycia Diniz.

Imprudência

De acordo com o coordenador do Pronto Socorro do Hospital de Urgências, os acidentes de trânsito acontecem com mais frequência nos feriados e finais de semana. “A imprudência é muitas vezes o motivo das ocorrências. O excesso de velocidade, a ingestão de álcool e a falta do uso de equipamentos de segurança obrigatórios, a exemplo do capacete (em motos) e cinto de segurança (no caso dos automóveis), são fatores que contribuem para o aumento destas estatísticas”, enfatiza Vinicius Vilella.

B.J.C, 20, se acidentou de carro no município de Boquim, e segue internado no Huse há 11 dias. Ele reconhece que as complicações do acidente poderiam ter sido evitadas se tivesse usado o cinto de segurança. “Ao entrar na rua, com a velocidade um pouco acima da média, acabei batendo em um poste. De acordo com os médicos, apresentei fraturas na bacia e clavícula, além de escoriações nos braços e pernas. Agora a minha expectativa é para a cirurgia e depois para a alta médica”, declarou o jovem.

Fonte: SES

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