Crianças são as maiores vítimas (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Com uma morte e 81 atendimentos, o número de pessoas vítimas de queimaduras ocorridas durante os festejos juninos em Sergipe aumentou em 28,57% neste ano, conforme a estatística do Hospital de Urgência (Huse). No ano passado, o Huse registrou 63 atendimentos, segundo os dados divulgados pelo cirurgião plástico Ricardo Araújo, diretor técnico do hospital.

Este aumento na estatística surpreendeu o diretor técnico. Segundo enfatizou, nos anos anteriores, desde 2013, o número de vítimas atendidas naquela unidade de saúde estava caindo. No entanto, neste ano os atendimentos superaram as expectativas neste período. Entre os pacientes atendidos, estão 47 adultos, 25 crianças e nove adolescentes. Conforme a estatística, 57 pacientes já receberam alta médica e outros 24 permanecem internados.

Entre as vítimas, está um homem que tentou acender uma fogueira usando ‘tiner’, um solvente para tintas e vernizes comumente utilizado em oficinas automotivas. Ele deu entrada na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) na madrugada do dia 24, quando se comemorava o Dia de São João, e morreu nesta terça-feira, 27, segundo o cirurgião plástico. O homem teve 40% da superfície corporal queimada.

Prevenção

Para o cirurgião plástico, o ideal seria não soltar fogos neste período para evitar queimaduras. Algo difícil devido à tradição nordestina. Como não há fórmulas que modifiquem estes hábitos, o cirurgião plástico orienta que as pessoas adotem medidas preventivas: usando roupas grossas e equipamentos de proteção, a exemplo de luvas, sem usar a própria fogueira para acender os fogos de artifício.

E nos casos de ocorrer queimaduras, os pacientes devem evitar o uso de qualquer produto sobre a área ferida. De acordo com o cirurgião plástico, as pessoas devem lavar o local com água corrente [deixar a torneira aberta e a água percorrendo a região do corpo afetada pelo fogo]. Este processo deve ter duração de cerca de 15 a 20 minutos e, em seguida, o paciente deve buscar atendimento no Pronto Socorro mais próximo.

Por Cássia Santana