Rede Materna possui cerca de 500 leitos obstétricos

Somente na rede FHS são realizados 1.400 partos por mês (Foto: SES)

Com um quantitativo de 488 leitos obstétricos distribuídos em nove maternidades, entre as públicas estaduais e as filantrópicas, a Rede Materna do Sistema Único de Saúde (SUS) em Sergipe atende, percentualmente, o número de leitos que preconiza o Ministério da Saúde (MS). Do total de unidades, cinco estão vinculadas à Secretaria Estadual de Saúde (SES), através de contrato com a Fundação Hospitalar (FHS). As demais são da administração municipal, isto é, contratadas pelas Secretarias de Saúde de cada prefeitura.

Somente na rede FHS são realizados, aproximadamente, 1.400 partos por mês, utilizando a estratégia do acolhimento e classificação de risco que obedece aos critérios estabelecidos pela Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Todas oferecem à população um serviço fundamentado nos princípios da humanização e assistência, tanto às crianças recém-nascidas quanto às mulheres.

A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), localizada na região de saúde de Aracaju, é a que mais oferece leitos no estado: são 69 obstétricos, 34 da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), 25 leitos da Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (Ucinco) e outros 24 da Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca), totalizando 152 leitos.  

“A unidade, gerenciada pela Fundação, é a única referência no atendimento de alto risco em gestantes portadoras de patologias como hipertensão, diabetes, cardiopatia e trabalho de parto prematuro, mantendo, ainda, a atenção aos recém-nascidos. Por mês, são realizados, em média, 500 partos”, informa o superintendente da maternidade, Luís Eduardo Correia.

No interior de Sergipe, outras quatro maternidades são administradas pela FHS, todas de risco baixo ou habitual. “Em Nossa Senhora do Socorro, no Hospital Regional, são 18 leitos de Alojamento Conjunto (Alcon), que atendem mãe e recém-nascidos, além de duas salas de parto, quatro leitos de pré-parto e quatro leitos de observação ginecológica”, detalha a superintendente Genisete Pereira. A unidade atende cerca de 650 pacientes por mês e já realizou 434 partos, somente este ano.

A região de saúde de Nossa Senhora do Socorro conta, ainda, com 24 leitos de Alcon no Centro Obstétrico Leonor Barreto Franco, localizado no município de Capela. Já em Nossa Senhora da Glória, no Alto Sertão, a maternidade do Hospital Regional possui 20 leitos obstétricos, realizando cerca de 100 partos mensais. No Baixo São Francisco, na maternidade do Hospital Regional São Vicente de Paula, em Propriá, são 18 leitos de Alojamento Conjunto.

Filantrópicas

A referência técnica do Programa Saúde da Mulher, Kátia Valença, coordenadora estadual da Rede Cegonha, explica que, além das maternidades gerenciadas diretamente pela FHS, o estado co-financia outras quatro unidades, todas com leitos de risco habitual. “São hospitais filantrópicos, que possuem leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e recebem um recurso mensal da Secretaria de Estado”, informa.

Segundo ela, no total, são 248 leitos. A maior quantidade deles localizados na Maternidade Santa Izabel, em Aracaju, com 69 leitos obstétricos, 30 da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional, 10 de UTI adulto e outras 30 de UTI Neonatal. “A unidade atende 37% de referência da população de Sergipe, pois é a única maternidade SUS contratada pela prefeitura da capital para risco habitual”, ressalta a diretora operacional da FHS, Márcia Guimarães.

Os outros leitos estão distribuídos no interior do estado: em Lagarto, na maternidade Zacarias Júnior, com 29 leitos obstétricos; em Itabaiana, no Hospital e Maternidade São José, com 49 leitos obstétricos e 10 neonatais; Hospital Regional Amparo de Maria, em Estância, com 30 leitos obstétricos do Sistema Único de Saúde.

Alcance territorial

Segundo Kátia Valença, a Rede Materna está bem distribuída territorialmente, com unidades em todas sete regiões de saúde. “Passamos por um rigoroso processo de implantação e implementação da estratégia da Rede Cegonha, elaborando planos de ação, indicadores, processos de avaliação e monitoramento. Hoje, possuímos um número de leitos que não causa déficit no atendimento oferecido”, analisa a coordenadora.

Ainda não está em funcionamento a Central de Regulação para a Rede Materna, no entanto, todas essas unidades trabalham de forma vinculada, como detalha a diretora operacional da FHS. “Nas unidades básicas de saúde, durante o pré-natal, toda gestante é orientada pelas equipes em qual maternidade será feito o parto. O fluxo já está desenhado”, esclarece.

Márcia Guimarães reconhece que é preciso ter uma maior quantidade de médicos obstetras para que as portas das maternidades sejam mais efetivas. “Inclusive, já tornamos pública essa necessidade de contratação. Temos um potencial muito grande, com número de leitos sem déficit que cause problema de superlotação. O que precisa ser otimizada é a regulação, mas a Fundação de Saúde já está dando andamento a este processo”, garante.

Fonte: SES

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