Um dos animais que mais causam preocupação quando aparecem nas residências são os escorpiões. Por isso, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça o alerta sobre os cuidados que os cidadãos devem tomar para evitar o aparecimento desse animal peçonhento e o que fazer caso isso ocorra.
Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em 2020 foram registrados 880 acidentes com animais peçonhentos em Sergipe. Neste ano, cerca de 80 acidentes ocorreram no primeiro bimestre. Em Aracaju, o bairro Santos Dumont lidera a lista de locais com mais incidência de picadas por escorpião, seguido do Cidade Nova, Industrial, Olaria e Santa Maria.
O supervisor de endemias do CCZ, José Bonfim de Oliveira, explica que a grande maioria dos escorpiões encontrados em Aracaju são das espécies Tityus serrulatus e Tityus stigmurus. “Noventa e sete por cento dos escorpiões que as pessoas reclamam ou que trazem para o Zoonose são dessas duas espécies. Dificilmente a gente encontra outras espécies, apesar de no Brasil ter mais de cem”, afirma.
Tratamento e prevenção
Apesar de assustar, a picada de escorpião não costuma causar grandes problemas de saúde. Segundo o supervisor de endemias, essa é uma reação de defesa do animal, já que ele não tem o objetivo de se alimentar do sangue humano e é predado pela galinha, sapo, lagartixa e outros animais.
“A picada dessas espécies não são letais, pode acontecer, mas muito raro. O último caso registrado tem mais de 30 anos. Agora, é uma picada que dói muito. Algumas pessoas sofrem dor naquele momento e outras poderão ter até febre e se agravar mais um pouco”, explica Bonfim.
Nesses casos, a orientação é que a vítima da picada procure uma unidade de saúde para receber o soro antiescorpiônico. Além disso, é importante que a pessoa capture o escorpião, com um papel ou uma pinça, coloque em um frasco e encaminhe ao CCZ, para que seja feita uma análise.
Prevenção
Para evitar o aparecimento desses animais, o supervisor José Bonfim detalha duas ações fundamentais. “O primeiro passo é evitar a presença de barata. Se você não tiver ou tiver o mínimo de barata, a sua residência não é uma casa de preferência de permanência ou chegada pelo escorpião. Como a barata é alimento do escorpião, ele se aproxima delas para se alimentar”, explica.
Além disso, Bonfim explica que é necessário monitorar os esgotos e bueiros, locais por onde o escorpião adentra nas casas. “O segundo passo é proteger todas as entradas, tanto de escorpião como de barata, através de filtro de ralo e bocas de lobo bem tampadas.”
Alerta
O supervisor de endemias do Centro de Controle de Zoonoses também alerta para uma ação ineficaz que vem sendo propagada. “As pessoas pagam empresas para fazer aplicação de inseticidas nas casas contra escorpião, mas isso não funciona. O Ministério da Saúde chama a atenção para as pessoas não fazerem isso”, afirma.
Segundo ele, em testes realizados no próprio CCZ, foi constatado que aplicar inseticida em paredes ou outros locais para que o escorpião morra quando passar por ali não tem efeito. “As aplicações que as pessoas devem fazer é contra a barata e outros insetos. Aplicando contra a barata e tendo o controle, a probabilidade de ter escorpião é mínima”, esclarece.
Todas as solicitações recebidas pelo CCZ são atendidas e os agentes do órgão fazem a visita domiciliar. “Qualquer dúvida que as pessoas tenham ou em caso de aparecimento de escorpião nas residências, as pessoas podem ligar para o Zoonose, dá o endereço direitinho que a gente vai fazer a visita”, explica Bonfim.
*Com informações da PMA
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