Os casos de pacientes com dengue complicada (com sinais de alarme ou gravidades) totalizaram 77 casos, desses, 73 envolveram crianças até quatorze anos com dengue complicada, resultando em 95% dos casos. Essa afirmação foi vista com atenção pela infectologista Iza Lobo, que é responsável pelo Núcleo de Epidemiologia, Segurança do Paciente e Controle da Infecção Hospitalar (NESPIH) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES)..
De janeiro até a primeira semana de julho deste ano, foram contabilizados 940 casos de pacientes suspeitos de dengue no hospital. Desse total, 193 estão em análise para definição final (com pendências ou aguardando exames). Ainda dos casos suspeitos, 747 são pacientes avaliados e concluídos, desses, 317 são pacientes confirmados com dengue, o que representa 42,4% dos pacientes avaliados. Dos nove pacientes diagnosticados com dengue grave, 2 foram a óbito, o que representa 0,6%.
“A criança em especial tem uma sintomatologia que difere do adulto, o adulto é bem mais marcado com febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e a criança pequena que ainda não sabe falar fica difícil a gente entender o que está acontecendo em termos de sinais, mas chama atenção febre elevada, prostração da criança, sonolência e manchas na pele, coisas que não estão normais na criança, por isso, o ideal é levar rápido ao hospital. Esse é um momento expressivo de dengue e a gente fica preocupado com a velocidade como ela pode se agravar e a criança é o foco principal”, relatou Iza Lobo.
Ainda de acordo com ela, a dengue esse ano está deslocada para meses mais frios e as crianças estão sendo as mais prejudicadas. “Normalmente esses casos de dengue acontecem mais nos meses de março e abril, esse ano foi diferente. Somente no Huse, já foram computados pelo nosso serviço 940 casos suspeitos, entre adultos e crianças. Esses são chamados casos suspeitos porque a gente notifica e investiga. Dos 231 pacientes com dengue não complicada (sem sinais de alarme ou gravidade), 121 foram crianças até quatorze anos, o que representa 52,3%”, explicou a médica.
Dos pacientes confirmados com dengue, nove foram pacientes com dengue grave (grupos C e D). Desse resultado, oito foram crianças com idade até quatorze anos. A infectologista faz um alerta. “O alerta de gravidade que devemos estar atentos é que grande parte dessa dengue vai passar desapercebida, muitas pessoas se infectam e não têm sintoma algum, isso é bom porque não ficaram doentes, só que tem outras que complicam, ficam graves e morrem. Ficar atentos aos casos com sangramento que é a dengue hemorrágica, sangramento na boca, nariz, na urina, fezes pretas, dor abdominal forte com vômito e se a criança estiver com falta de ar isso é sinal de gravidade extrema”, sinalizou.
Fonte: SES
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