Saiba os cuidados para evitar contaminação pelo H3N2

A doença tem sintomas parecidos aos de uma gripe comum e, principalmente, assemelha-se ao coronavírus, com maior poder de transmissibilidade, apesar de ser menos letal. (Foto: Marcelle Cristinne/PMA)

Em todo o Brasil, o alto número de casos de influenza H3N2 tem preocupado os profissionais de saúde e órgãos competentes. A doença tem sintomas parecidos aos de uma gripe comum e, principalmente, assemelha-se ao coronavírus (covid-19), com maior poder de transmissibilidade, apesar de ser menos letal.

A epidemia da H3N2, que avança por diversas capitais, acontece curiosamente em meio à pandemia da covid-19 e todos os cuidados para evitar contaminações precisam ser adotados. Nesse sentido, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), segue orientando a população a adotar mais cuidados para não se contaminar. A preocupação é pertinente, isso porque, até o momento, a SMS já registrou mais de 300 casos.

De acordo com o médico Willian Barcelos, coordenador da Atenção Primária da SMS, o momento agora é de um surto extratemporal de influenza H3N2. O fenômeno, segundo o médico, é incomum e pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e as aglomerações propiciadas pelas festas de fim de ano. “Como temos contaminação concomitante do H3N2 com a da covid, a gente percebeu que ele [H3N2] é bem menos letal que a covid, mas bastante infeccioso. Então, o ideal seria os mesmos cuidados que a gente tem realizado com a covid”, afirma o coordenador.

Sintomas e tratamento

Barcelos reforça que os sintomas da Influenza H1N1, H3N2 e covid-19 são parecidos, e só um teste pode identificá-los. Os principais sintomas são: picos de febre, dor de garganta, tosse, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo e mal-estar intenso. Pode ter ocorrência de vômito e diarreia.

Contudo, o médico orienta a população a só procurar uma urgência médica se os sintomas evoluírem para febre por quatro dias seguidos, além de falta de ar. Em casos de sintomas leves, a orientação é buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima. “Hoje, devido à pandemia, a gente tem testes de covid muito mais rápidos e muito mais baratos, o que não acontece com o H3N2. O exame do H3N2 só é feito se a pessoa evoluir para casos graves de síndrome gripal. Em suma, se der negativo o teste da covid e a pessoa apresentar sintomas leves, a gente está contando como resfriado ou uma gripe, principalmente o H3N2”, destaca o coordenador.

Para o tratamento, conforme o médico, é indicado que a pessoa doente fique em casa por cinco dias, faça repouso, ingestão de bastante líquido e aposte em uma alimentação equilibrada e leve. Um profissional médico também pode recomendar o uso de medicamentos antivirais e outros que aliviam sintomas de dor e mal-estar.

Quando procurar o hospital

Os casos graves da doença podem necessitar de internação.”É preciso buscar a urgência hospitalar só em casos de os sintomas piorarem. Ou seja, apresentar febre alta por quatro dias seguidos, e evolução de cansaço, ou falta de ar. As urgências estão superlotadas e o ideal é que procurem esses locais nos casos avançados. Sintomas leves, não”, reforça Willian Barcelos.

Prevenção

Para prevenção, o coordenador recomenda adotar os mesmos cuidados usados contra a covid-19: usar máscaras, lavar as mãos frequentemente e evitar aglomerações. “A maneira de prevenção é a mesma. É só seguir os protocolos de biossegurança como já se faz com a covid. Percebemos que essa difusão do novo vírus foi causada pelas confraternizações de fim de ano. Demos sorte de a H3N2 não ser tão letal assim”, conclui o médico.

Fonte: Ascom/PMA

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