Salinidade no Rio São Francisco preocupa Comitê

Representante do Conselho de desenvolvimento sustentável da Diamantina, Almacks Luiz Silva (Fotos: Portal Infonet)

Durante a XXIX Reunião Plenária do Comitê da Bacia do São Francisco que está sendo realizada na capital sergipana, um assunto chama a atenção por envolver a saúde da população: a vazão redo Rio São Francisco, que por conta da entrada da água do mar, tem provocado um aumento da salinidade na água. O assunto preocupa, pois em recentes campanhas, o Ministério da saúde tem alertado para o consumo excessivo do sal que está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras.

O alerta sobre o assunto é feito pelo representante do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Diamantina, Almacks Luiz Silva. “A cada hora que passa acontece mais a cunha salina, que é a introdução da água salgada na foz do rio, e as captações passam a ter problema. O problema ocorre quando um teor de sódio maior na água e as pessoas não podem beber”, fala Almacks que enfatiza os prejuízos para as empresas de tratamento.

“As empresas de água podem fazer o tratamento, mas a cada hora que você tem que tratar a água de sódio, mais alto fica o custo. Então é melhor você preservar e investir na natureza desse rio do que você investir transformando a água cada vez mais nessa coisa tão financeira e explorada”, aponta o representante que destaca a importância de uma vazão ecológica no rio.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) realiza a XXIX Reunião Plenária até amanhã em Aracaju

“O rio tem que ter uma vazão ecológica que chamamos de vazão constante para poder manter as suas características. Nós tivemos um problema de apagão há 15 anos e os governos federais tiveram tudo para resolver a questão e não fizeram. O problema tem se arrastado e hoje temos esse caso muito grave com essa redução de vazão onde cada vez mais a cunha salina avança lá na sua foz em Piaçabuçu. Hoje Aracaju já é penalizada porque a água de Aracaju é captada no Rio São Francisco e já há indícios da elevação do teor de sódio”, reforça Almacks, salientando que já existem pesquisas que comprovam essa elevação além do que são permitidos de 0,5.

“Existe uma tese do professor João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco de Pernambuco, chamada o Siri Invasor. Nessa tese ele mostra que na cidade de Penedo já foram pescadas espécies da água salgada. Essa tese mostra que já existe uma relação bem grande de avanços desses animais, que eram exclusivamente marinhos, já vivendo naquela área”, diz.

Por Kátia Susanna

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