(Foto: Ascom SES) |
A médica reguladora do SAMU 192 Sergipe, Renata Christiane Alves Lima, entrou no plantão, na segunda-feira, 3, às 7 horas. Passava das 9 horas e ela já havia atendido oito ligações. Com ela, mais três médicos plantonistas.
"Quatro ligações eram de pessoas que não precisavam de atendimento de urgência. Recebemos a ligação de um rapaz que caiu de moto no sábado e queria uma ambulância para levá-lo para a consulta médica. Uma mulher ligou reclamando que estava menstruando demais, entre outras. No ano passado recebemos uma ligação de uma pessoa que queria que os médicos do SAMU fossem consultar o cachorro dela, pois ele estava com uma ferida e não podia levá-lo ao veterinário", contou a médica.
Ligações como essas fazem parte da rotina do serviço que recebe em torno de 566 ligações por dia e uma média de 17 mil ao mês. “Muitas vezes a população liga para o SAMU porque não sabe o que fazer em determinadas situações ou a quem recorrer. Acham que o serviço tem a resposta para todas as necessidades delas”, disse Clóvis França, superintendente do SAMU 192 Sergipe.
Por ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o SAMU também passa pela lógica da universalidade, equidade e integralidade e não deixa de atender ninguém, mas existe legislação, portarias e critérios para funcionamento do serviço para todo país. “Essas regras definem os critérios de urgência e emergência, incluindo até que fazer falso alarme ao SAMU é crime passível de punição pela legislação”, afirmou o superintendente.
O superintendente do serviço ainda reforçou que ao chamar o SAMU a pessoa deve falar com calma, informar o endereço com precisão e um ponto de referência, informar o nome do paciente e da pessoa que está ao telefone solicitando ajuda. “Ao atender a ligação o profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento. Orienta o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações. O médico regulador também avalia qual o melhor procedimento para o paciente: procurar um posto de saúde, designar uma ambulância de suporte básico, ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel”, explicou Clóvis França.
Quando chamar o SAMU?
O SAMU listou os principais casos de urgência e emergência em que a pessoa deve acionar o serviço, que, como em unidades de saúde, trabalha com a classificação de risco. Os profissionais priorizam o atendimento dos casos mais graves.
_ Problemas cardio-respiratórios;
_ Intoxicação;
_ Queimaduras graves;
_ Ocorrência de maus tratos;
_ Trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto;
_ Tentativas de suicídio;
_ Crises hipertensivas;
_ Acidentes/traumas com vítimas;
_ Afogamentos;
_ Choque elétrico;
_ Acidentes com produtos perigosos;
_ Transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.
Amigos do SAMU
Para formar cidadãos conscientes da importância do SAMU e que saibam usar o serviço, o Núcleo de Educação Permanente (NEP) realiza o projeto Amigos do SAMU voltado para jovens e adolescentes de escolas públicas e privadas do Estado.
No último sábado, 1º, jovens entre 15 e 18 anos da Escola Estadual Governador Djenal Queiroz, em Aracaju, receberam a equipe do NEP para assistir palestras e conhecer as consequências danosas de um trote para o serviço e para a população que necessita dele.
Fonte: Ascom SES
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